Durante uma homenagem aos mortos nos protestos para exigir justiça e a demissão da Presidente Dina Boluarte, foram registados confrontos entre manifestantes antigovernamentais e a Polícia Nacional do Peru (PNP).
Os protestos observadas em Juliaca foram os mais sangrentos no decurso dos amplos protestos populares com um balanço de 18 manifestantes e um polícia mortos durante os confrontos.
Várias organizações e coletivos convocaram protestos antigovernamentais desde 19 e julho para exigir a renúncia da Presidente, a dissolução do Congresso e eleições antecipadas para uma nova Assembleia constituinte, e a libertação do ex-Presidente Pedro Castillo.
Na sexta-feira, durante o seu discurso no Congresso pelo dia da Independência, Dina Boluarte pediu perdão em nome do Estado aos familiares das vítimas dos protestos antigovernamentais iniciados em dezembro de 2022, acrescentando que repetirá a celebração do bicentenário da independência do país "com elevada dimensão latino-americana de integração e cooperação", ao considerar que o seu antecessor "minimizou" as comemorações.
Castillo, de origem indígena e vencedor das presidenciais de 2021, foi destituído e detido em 7 de dezembro de 2022 pelo Congresso, após uma designada tentativa de "autogolpe" de Estado.
Boluarte, eleita vice-presidente na candidatura de Castillo, assumiu de seguida a chefia do Estado e de imediato confrontou-se com amplos protestos e que têm assinalado o seu mandato, com um balanço de pelo menos 77 mortos, na sua maioria civis.