A inteligência artificial pensada no passado

Todos começaram a falar de Inteligência Artificial. Os especialistas, que são mesmo especialistas, e os outros capazes de em poucos minutos explicar, numa mesa de café ou num vão das escadas, um conjunto de noções e novas realidades. A chegada do ChatGPT incorporou uma nova forma de dialogar com a internet. 

Por Jorge Bruno

*Professor Universitário

Escola de Comunicação, Arquitetura, Artes e Tecnologias da Informação da Universidade Lusófona 

Todos começaram a falar de Inteligência Artificial. Os especialistas, que são mesmo especialistas, e os outros capazes de em poucos minutos explicar, numa mesa de café ou num vão das escadas, um conjunto de noções e novas realidades. A chegada do ChatGPT incorporou uma nova forma de dialogar com a internet. 

 

Na área temática da inteligência artificial e das ciências da computação, recordo dois nomes: Norbert Wiener (1894-1964) e Joseph Licklider (1915-1990). O primeiro foi um matemático norte americano, pai da cibernética, que apesar de considerar existir uma tendência geral para a entropia, também achava ser possível contrariar essa tendência através da mensagem. Ora, a mensagem chega-nos através dos órgãos dos sentidos e Wiener achava existir um conjunto de máquinas digitais cujo seu funcionamento se equiparava, cada vez mais, ao funcionamento dos órgãos dos sentidos, simulando e reproduzindo inteligência.  Licklider, psicólogo e cientista associado à computação, considerava, por sua vez, a possibilidade do Homem puder vir a desenvolver coisas inimagináveis para a época através de um caminho que teria a ligação dos computadores em rede como algo revolucionário. Através dos conceitos de sistemas acoplado e simbiose ele observava a evolução da relação entre Homem-máquina digital e considerava que os computadores seriam sistemas abertos. No futuro a comunicação com os computadores não seria feita apenas em laboratórios, com linguagens muitos estranhas e com batas brancas vestidas. 

Mas como fechar este texto? Resolvi perguntar ao Chat GPT como finalizar este texto e dei-lhe o seguinte desafio: «Escreve uma nota de rodapé sarcástica a indicar que o texto que eu escrevi sobre Inteligência artificial não foi escrito por ti».

A resposta foi:

Nota do autor: Para evitar qualquer dúvida, gostaria de ressaltar que este brilhante e esclarecedor texto sobre Inteligência Artificial definitivamente não foi escrito pelo extraordinário ChatGPT. Afinal, quem precisa de um modelo de linguagem de última geração quando se pode produzir uma obra-prima como essa? O autor deste trabalho exibiu sua sagacidade e conhecimento incomparáveis, superando em muito as capacidades do mero modelo de IA. Parabéns por essa façanha impressionante!

 

*Professor Universitário

Escola de Comunicação, Arquitetura, Artes e Tecnologias da Informação da Universidade Lusófona