A Lituânia pode vir a encerrar a fronteira com a Bielorrússia devido à presença do Grupo Wagner no país vizinho.
Esta possibilidade foi avançada pelo Presidente da Comissão de Segurança e Defesa do Parlamento lituano, Laurynas Kaschyunas, que afirmou, em declarações na televisão estatal, "o encerramento de alguns pontos é apenas uma questão de tempo até ao encerramento total da fronteira".
"Vai ser definitivamente feito", acrescentou.
Este encerramento foi discutido entre o Presidente da Lituânia, Gitanas Nauseda, e o primeiro-ministro da Polónia, Mateusz Morawiecki, durante uma reunião de urgência, que aconteceu na quinta-feira em Suwalki, convocada devido às "atividades do Grupo Wagner e outras ações de guerra híbrida", e para trocar informações sobre a situação na Bielorrússia, disse o gabinete de Morawiecki na quinta-feira.
Os dirigentes afirmaram que a presença dos mercenários na Bielorrússia constitui um aumento da tensão no flanco oriental da NATO, a que pertencem Lituânia e Polónia.
Morawiecki admitiu que o Grupo Wagner poderá "realizar ações de sabotagem" em território da Polónia, enquanto o líder lituano disse que poderão já estar na Bielorrússia mais de quatro mil mercenários do Grupo Wagner.
O Grupo Wagner deslocou efetivos para a Bielorrússia, país que apoia Moscovo na guerra contra Kiev, depois de uma revolta contra as chefias militares russas em junho, por um alegado boicote ao seu envolvimento nos combates na Ucrânia.