Ales Bialiatski, 60 anos, venceu o prémio Nobel da Paz em 2022, juntamente com as organizações de defesa dos direitos humanos Memorial, da Rússia, e Centro de Liberdades Civis, da Ucrânia.
Esta afirmação surge durante um momento de tensões fronteiriças entre o aliado de Moscovo e o vizinho membro da NATO.
As autoridades polacas acusam a Bielorrússia e a Rússia de orquestrarem um novo afluxo de migrantes em direção à União Europeia para desestabilizar a região.
O primeiro-ministro polaco admitiu que o Grupo Wagner poderá “realizar ações de sabotagem” em território da Polónia, enquanto o líder lituano disse que poderão já estar na Bielorrússia mais de quatro mil mercenários do Grupo Wagner.
O Presidente bielorrusso falava durante uma visita à região de Brest, em reação às declarações do primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, e manifestou preocupação sobre o destacamento de cem mercenários do grupo paramilitar russo perto da fronteira.
“Deus nos livre de ter de usar essas armas. Seja como for, espero que não aconteça. Não entrámos em nenhum pomar, mas por favor, não entrem no nosso. Garantimos a nossa segurança com a ajuda dos nossos amigos”, afirmou Lukanshenko.
A inteligência militar do Reino Unido estimou que existe um acampamento do Wagner na cidade de Tsel, na zona centro e a cerca de 75 quilómetros a sudeste de Minsk.
A União Europeia tem condenado o envolvimento da Bielorrússia no apoio à Rússia na guerra contra a Ucrânia e, desde 2022, avançou com sanções individuais e económicas dirigidas a 22 pessoas.
“Mas claro, que os mantenho no centro da Bielorrússia, como havíamos combinado”, acrescentou.
Estas manobras fazem parte da promessa do líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, que se comprometeu a ajudar a proteger a Bielorrússia para a eventualidade de uma invasão.