O calor puxa por algumas bebidas e inevitavelmente a cerveja surge num dos lugares cimeiros em termos de procura, “não fosse a bebida (de baixo teor) alcoólica mais preferida pelos portugueses”, como garante ao i, a Associação Portuguesa dos Produtores de Cerveja (APCV).
De acordo com a mesma e, depois de uma quebra durante os anos da pandemia – só em 2020, as vendas domésticas, em volume, caíram 15%, embora em alguns meses do ano, as quebras tenham chegado a 70%, em particular para as empresas cervejeiras artesanais – o setor voltou a sorrir e nos primeiros seis meses do ano verificou-se um crescimento em volume no mercado doméstico na ordem dos 6%, “em grande medida consequência do bom tempo e do turismo até junho”, lembrando que Portugal é o 1.º país europeu com maior percentagem de consumo de cerveja fora de casa. “Com o final da pandemia, o setor tem vindo a recuperar os níveis pré-pandemia, com as vendas, em volume, superarem já o ano de 2019 e situarem-se ao nível do ano de 2010”, salienta.
No entanto, este aumento está a ocorrer no consumo fora de casa. “Se considerarmos apenas o mercado de consumo em casa, este não cresceu, o que é um indicador que o crescimento do mercado da cerveja não está a ser alicerçado pelo aumento de consumo dos portugueses. O crescimento deste semestre parece-nos ser apenas conjuntural e não estrutural”, revela a APCV.
Mas vamos a números. Portugal consumiu, em 2022, cerca de 600 milhões de litros, que se fosse todo consumido por portugueses corresponderia a um consumo per capita de 58 litros por ano. O nosso país ocupa o 16.º país da União Europeia em consumo de cerveja. “Os nossos 58 litros per capita são bastante inferiores ao consumo de 129 litros/per capita da República Checa, de 101 litros da Áustria, 92 litros da Polónia e 89 litros da Alemanha. A cerveja apenas contribui com 28% do consumo total de álcool pelos portugueses. Ou seja, o peso da cerveja no contributo para colocar Portugal como um dos países do mundo que mais consome álcool, é diminuto”.
Serviços e produtos mais procurados A procura por serviços de instalação de ares condicionados subiu 50% entre 1 de junho e 6 agosto, em comparação com o mesmo período de 2022, revela a Fixando numa análise à procura por serviços de climatização, explicando esta subida com o aumento global das temperaturas anuais e à necessidade de os portugueses refrescarem as suas casas. “De acordo com estes dados, o aumento da procura foi tão significativo que o setor não tem conseguido responder a todos os pedidos: no período referido, 47% dos clientes tiveram dificuldades em obter resposta ao seu pedido, revelou em comunicado.
E acrescentou que também os preços praticados sofreram alterações em relação ao ano passado, com um preço médio, por serviço de instalação de ares condicionados, de 437€ (mais 30€ face a 2022) e de 83 euros por serviço de manutenção (mais 9 euros face ao ano passado).
Ao i revela que como serviços mais procurados pelos portugueses este verão surge em primeiro lugar do ranking os alojamentos para animais de estimação, os serviços para eventos, as consultas de psicologia, alguns serviços de melhorias para a casa e explicações de várias disciplinas. “O top 20 de 2023 reflete a crescente importância dos animais de estimação na vida dos portugueses, com hotel para cães, treino para cães, hotel para gatos e serviços de pet sitting a ocuparem, respetivamente, a 1.ª, 4.ª, 6.ª e 11.ª posição no ranking. Em simultâneo, os serviços para eventos, característicos desta altura do ano, têm também destaque entre os serviços mais procurados: os espaços para eventos encontram-se na 2.ª posição, seguindo-se o aluguer de insufláveis na 5.ª posição, os serviços de catering na 8.ª posição e os fotógrafos na 18.ª posição”, salienta.