O Governo da Bielorrússia declarou como extremista a organização de direitos humanos Viasna, liderada por Ales Bialiatski, prémio Nobel da Paz em 2022, que tem como objetivo ajudar presos políticos e as suas famílias, na sequência da repressão do regime do Presidente Alexander Lukashenko.
O ministério disse que a Viasna, a principal organização bielorrussa de defesa dos direitos humanos, foi declarada extremista por "preparar atividades para minar a soberania e a segurança pública da Bielorrússia", numa altura em que Bialiatski se encontra preso desde março, condenado a dez anos de prisão.
Viasna também foi acusada de "desprestigiar e desacreditar funcionários" do Estado, indicou a agência espanhola EFE.
As atividades da Viasna e de todas as suas filiais foram proibidas em toda a Bielorrússia, acrescentou o ministério, citado pela agência estatal bielorrussa Belta.
Em julho, esta organização foi galardoada com o Prémio das Nações Unidas para os Direitos Humanos 2023.
Ales Bialiatski, 60 anos, venceu o prémio Nobel da Paz em 2022, juntamente com as organizações de defesa dos direitos humanos Memorial, da Rússia, e Centro de Liberdades Civis, da Ucrânia.