A rentrée marca o início de uma nova etapa e neste ano legislativo que começa o CDS-PP arranca de forma sólida e consistente, ciente dos próximos desafios eleitorais.
Começa por arrumar a casa pelos seus alicerces, dotando o partido de uma nova Declaração de Princípios com um caráter atualista e comprometido com os novos desafios, mas mantendo e valorizando os seus pilares fundadores como partido Democrata-Cristão.
O novo documento orientador resulta de um grupo de trabalho liderado por António Lobo Xavier, com os contributos de Ana Rita Bessa, Cecília Meireles, Francisco Mendes da Silva, Paulo Núncio e Telmo Correia, que traduz o seu compromisso com o futuro e a defesa do papel estruturante do partido na consolidação democrática do país.
Pretende-se, pois, em linha com o que o partido é hoje, dotá-lo da adequada consistência para uma ação ágil, atenta e rigorosa. Concretizando o percurso percorrido que já não encontrava respaldo no texto da Declaração de Princípios de 1974.
O CDS-PP apresenta-se reafirmando-se no espaço político do Centro-Direita e da Direita Democrática como um partido com sentido de Estado, comprometido com a estabilidade das instituições e com redobrado empenho na defesa de uma economia de mercado com mobilidade e impulsionadora do cumprimento dos desígnios do Estado Social.
Defensor da igualdade entre homens e mulheres não aceita a discriminação de remunerações entre géneros, bem como qualquer outra forma de discriminação. Firmando o seu compromisso ativo na transformação de mentalidades e no combate ao preconceito.
Somos o partido da proteção da natureza ao mesmo tempo que reafirmamos a importância de conciliar esse desígnio com a relevância da agricultura. A produção alimentar deve existir em comunhão com a natureza, protegendo-a de fundamentalismos ideológicos.
A defesa da liberdade, do humanismo e da democracia tolerante são a origem desta Direita que jamais cederá na importância da subsidiariedade do Estado e na valorização do papel das famílias e das organizações autónomas das pessoas. Que defende a liberdade económica, mas rejeita a visão exclusivamente liberal das origens da pobreza, intervindo conscientemente nas externalidades do mercado, corrigindo as desigualdades sociais.
Somos o partido humanista que coloca a pessoa antes do Estado e que é hoje, novamente, chamado a um combate firme contra as atuais ameaças à propriedade privada, ao acesso à habitação, à saúde e à educação.
O CDS-PP é um partido de diálogo e da procura de consensos no desempenho das suas responsabilidades democráticas, rejeitando visões ideológicas autoritárias, radicais e fechadas, com um profundo compromisso com a verdade e a seriedade.
Este é, por isso, um ano para uma nova proposta à Direita Democrática que não se revê na atual classe política de representantes e que se recusa a aceitar o estado atual do país e o caminho que lhe parece traçado, cada vez mais dependente do Estado, menos produtivo, solidário e livre.
Este é o renovado compromisso da Direita que faz falta a Portugal! l
Jurista e Porta-voz do CDS-PP