Fica a cerca de 45 minutos do Porto. A pouco mais de meia hora de Aveiro. É o sítio onde o saber se senta nos bancos e nos cafés da praça.
Onde a bicicleta com o cesto improvisado de caixa de mercadoria pode passar a qualquer esquina – e a CicloRia tem a graça do nome.
Ao contrário de tantas outras cidades, por lá se mantém como foram originalmente idealizadas e só se movem ainda com a disponibilidade física de quem vai sentado no selim, não fosse gente do Norte!
Onde o alcatrão se espera mais macio porque raro é ver a combinação entre mota e capacete.
O lugar do croissant prensado e dos ovos caseiros, daquele amarelo que talvez só se veja nos lápis de cor dos estojos da infância.
A terra onde se come bem em casa e em tantas outras casas-restaurante.
O sítio onde não se escolhe quando é dia de ir à praia e as manhãs costumam ser o melhor horário. Onde o pára-vento faz mais falta do que a toalha e o mar impõe respeito como um abrir de olhos dos pais.
Onde o relógio segue os segundos, os minutos, as horas e os dias, mas a vida é mais devagar. O sítio onde as férias são férias.
Com Aveiro, os ovos moles, os moliceiros (Património Cultural Imaterial), o Farol da Barra e os célebres palheiros às riscas da Costa Nova à mão; e o Porto e os seus encantos à espreita. Ei-la, Murtosa, tão só e tão bem acompanhada….