A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) detetou quatro casos suspeitos de tráfico de seres humanos entre os 30 pedidos de ajuda que recebeu durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que decorreu no início de agosto, em Portugal.
“Essa situação, recebida já após o fim da JMJ, foi imediatamente comunicada à Polícia Judiciária para investigação”, refere a APAV.
No total, a associação recebeu 30 pedidos de ajuda, quatro dos quais levantaram suspeitas do crime de tráfico de pessoas e que terão sido “praticados por empresas subconcessionadas de outras que foram contratadas para operar na JMJ”.
Dos 30 pedidos de ajuda, 12 não configuravam qualquer situação de crime, havendo, por outro lado, cinco situações de burla, quatro situações de furto, três casos de importunação sexual e duas situações de coação/assédio, casos a que se somam as quatro situações de possível tráfico de pessoas.
Segundo o relatório da APAV, cinco dos pedidos de ajuda foram feitos por portugueses, 11 de cidadãos de outros países europeus, dois de países africanos, seis da América do Sul, três da Ásia, havendo ainda três casos em que não foi possível apurar a nacionalidade da pessoa.