Portugal está entre as 16 melhores equipas europeias que vão disputar a primeira edição da Liga das Nações feminina, integrada no Grupo A2, com a França, Noruega e Áustria. Depois da derrota na primeira jornada, as Navegadoras estão obrigadas a vencer hoje, as 18h15 (RTP 1) a Noruega para manter aspirações a vencer o grupo e disputar a Final Four, que pode dar o apuramento para os Jogos Olímpicos Paris 2024 caso seja uma das finalistas. Os confrontos anteriores frente à Noruega não deixaram boas recordações: duas derrotas, nove golos sofridos e nenhum marcado em jogos oficiais. Já este ano, Portugal voltou a perder (1-2) num jogo de preparação para o Mundial. É o momento de inverter a história.
O selecionador, Francisco Neto, mostrou-se otimista nas véspera de uma partida que pode ser decisiva para a seleção. “Sabemos do que somos capazes e só queremos que chegue a hora do jogo para mostrar a nossa identidade e ambição. Confiamos muito nas nossas jogadoras e no seu compromisso”, disse o técnico, que admitiu alterações na equipa porque o adversária apresenta “problemas diferentes”. Explicou ainda que para contornar o poderio físico das nórdicas Portugal terá que “procurar ao máximo que não haja duelos no jogo, retirar a bola à Noruega e antecipar todas as situações”. Outro aspeto onde as Navegadoras têm de ser melhores é na criatividade: “Entre duas equipas muito equilibradas e mais encaixadas, com menos espaços, queremos que a criatividade surja e damos essa liberdade às jogadoras”.
A avançada Diana Silva reconheceu que a Noruega está ao nível da França e alertou : “Mudar a nossa forma de encarar os jogos poderá ser um erro. Temos de o encarar como encarámos a França, uma partida de um grau de dificuldade elevadíssimo”.
Portugal entrou a perder nesta competição por falta de ambição. A derrota com a França (0-2) acabou por ser merecida, já que as Navegadoras estiveram muito distantes das exibições realizadas no Campeonato do Mundo, há um mês e meio. As francesas foram melhores nos diferentes aspetos do jogo e venceram justamente. Portugal praticou um futebol desgarrado e pouco comprometido com o ataque – verdadeiramente, só teve uma grande oportunidade para marcar por Capeta. A guarda-redes Patrícia Morais foi a melhor jogadora portuguesa.