Insolvências aumentam 7,3% em setembro face a 2022

Em sentido contrário, as constituições reduziram 18% em setembro

As insolvências registaram um crescimento de 7,3% em setembro deste ano face a 2022, “consolidando a tendência de subida que se regista desde maio deste ano”. Os dados são da Iberinform que revela que o último mês encerrou com 411 insolvências, mais 28 que no mesmo período do ano passado. E acrescenta que o acumulado que totaliza 2.791 ações de insolvência “está ligeiramente abaixo do valor alcançado nos primeiros nove meses de 2022 (-0,7%)”.

Olhando por tipologia de ações, as declarações de insolvência requeridas por terceiros estão a aumentar face a 2022 (mais 51 pedidos, aumento de 11%), o mesmo que acontece com as declarações apresentadas pelas próprias empresas com um crescimento de 10%. Os encerramentos com plano de insolvência diminuíram nos primeiros nove meses deste ano face a 2022 (menos três encerramentos, decréscimo de 9,1%) assim como os processos encerrados: 1.679 em 2023 contra 1.799 em 2002 (-6,7%).

Por zonas, os distritos de Lisboa e do Porto são os apresentam maior número de insolvências: 638 e 628, respetivamente. Mas, comparando com 2022, ambos mostram uma quebra de dois dígitos: Lisboa com -16% e Porto com -2%.

Os distritos que revelaram aumentos nos primeiros nove meses do ano face a 2022 são: Leiria (+34%); Beja (+29%); Madeira (+28%); Braga (+26%); Angra do Heroísmo e Horta (ambas +25%); Vila Real (+24%); Coimbra (+20%); Faro (+18%); Aveiro (+9,9%) e Viana do Castelo (+9,3%).

Por setores são as telecomunicações (+33%); outros serviços (+7,2%); transportes (+6,9%); indústria transportadora (+4,3%) e construção e obras públicas (+0,4%) a mostrar mais insolvências este mês face ao mesmo mês do ano passado.

As insolvências caíram nos setores da eletricidade, gás, água (-55%); comércio de veículos (-21%); comércio por grosso (-17%); indústria extrativa (-13%); hotelaria e restauração (-3,5%) e comércio a retalho (-1,6%).

Constituições reduzem 18% em setembro

Já as constituições baixaram 18% em setembro face ao mês homólogo do ano passado, totalizando 3.360 novas empresas constituídas, menos 755 que no ano passado. O acumulado ascende a 38.628 constituições, valor que traduz um aumento de 5,5% face ao mesmo período do ano passado. Em termos absolutos, no comparativo dos nove meses, foram constituídas mais 1.999 empresas que em 2022, detalha a Iberinform.

O número de constituições mais significativo verifica-se no distrito de Lisboa, com 13.070 novas empresas (+3,1%), seguido pelo Porto, com praticamente metade do valor registado na capital: 6.534 constituições (+6,5%).

Os distritos que apresentam uma variação negativa na criação de novas empresas são: Horta (-14%); Bragança (-13%); Angra do Heroísmo (-9,3%); Guarda (-5,1%) e Madeira (-4,5%).

Nos primeiros nove meses deste ano, os setores que apresentam uma variação positiva na criação de novas empresas foram: transportes (+51%); comércio de veículos (+15%); eletricidade, gás e água (+18%); hotelaria e restauração (+11%); construção e obras públicas (+8,2%); agricultura, caça e pesca (+0,5%) e comércio por grosso (+0,1%).

Com variação negativa destaque para os setores da indústria extrativa (-46%); telecomunicações (-29%); indústria transformadora (-6%); comércio a retalho (-4,5%) e outros serviços (-1,4%).