Protestos, conflitos e golpes de Estado em África

África é um lugar de grandes oportunidades, mas também de muitos riscos.

O continente africano beneficia de recursos naturais estratégicos e abundantes; de uma população jovem (a idade média é de 19 anos) e da possibilidade de leapfrogging, isto é, de saltar etapas nos processos de desenvolvimento, beneficiando da inovação da quarta revolução industrial. Mas África é também um lugar de riscos, acentuados por conflitos armados, tensões étnicas e regionais, Estados frágeis e regimes de autoritarismo resiliente.

Protestos

Nos últimos anos, um pouco por todo o continente, uma população jovem e cada vez mais urbanizada, confrontada com o aumento do custo de vida e o desemprego, tem saído às ruas para exigir mudanças económicas, mas também políticas. Em alguns casos, como no Sudão, houve líderes que caíram. Mas, mesmo assim, a democracia ainda não chegou lá.

Conflitos armados

Os conflitos em África resultam de uma combinação de fatores, alguns antigos, outros recentes. Da República Democrática do Congo à Líbia, dos Camarões à Somália, são reflexo de fronteiras arbitrárias e de tensões étnicas e regionais, do vazio criado por Estados frágeis e de índices de pobreza elevados que abrem portas ao terrorismo islâmico e ao crime organizado, da disputa pelo acesso a recursos estratégicos, de disputas internas e da ingerência de atores regionais e internacionais.

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