EUA reiteram apoio a Israel e compromisso com Ucrânia

“O povo israelita tem o direito de defender-se. O Hamas não representa o povo palestiniano, é uma organização terrorista”, diz o presidente dos EUA.

Os EUA comprometeram-se esta terça-feira a dar todo o apoio necessário a Israel e afirmaram que o aumento desta ajuda não afetará o apoio norte-americano à Ucrânia

O presidente dos EUA disse esta terça-feira que “o terrorismo não tem desculpa” e comprometeu-se a dar a Israel todo o apoio necessário, nomeadamente para salvar reféns detidos pelo Hamas, incluindo cidadãos norte-americanos.

“Temos de ser claros: nós apoiamos Israel”, afirmou Joe Biden, prometendo que o seu país dará a Israel todo o apoio necessário para responder ao ataque do Hamas iniciado no sábado. Antes, já tinha ordenado que os navios de guerra norte-americanos se aproximassem da costa de Israel para apoiar o país,

“Isto é puro terrorismo, não há justificação. Nós estamos com Israel. O povo israelita tem o direito de defender-se. O Hamas não representa o povo palestiniano, é uma organização terrorista. Nós não devemos permitir a ação do Hamas e o seu terrorismo. Qualquer nação do mundo tem o direito de se defender do terrorismo”, afirmou líder norte-americano numa conferência de imprensa na Casa Branca.

“Defendemos as leis da guerra, é importante, há uma diferença. Estamos a enviar apoio militar para Israel, vamos garantir que se possam defender deste ataque terrorista”, acrescentou o presidente dos EUA. 

Biden recordou que entre os que foram mortos nos recentes ataques do grupo terrorista Hamas estão bebés e que há registo de mulheres “violadas, agredidas e exibidas como troféus” e alertou  e avisou outros Governos para não entrarem no conflito na esperança de tirar vantagem da situação: “Eu tenho uma palavra: não”. 

O conflito já custou a vida a pelo menos 14 americanos, enquanto que Washington ainda tenta determinar se o Hamas mantém alguns cidadãos norte-americanos como reféns.

O aumento da ajuda militar dos Estados Unidos a Israel, na sequência do ataque do Hamas, não afetará o apoio norte-americano à Ucrânia, devastada pela guerra, afirmou também esta terça-feira a embaixadora norte-americana na NATO. 

“Sobre a questão de saber se o apoio dos Estados Unidos a Israel pode ou não afetar o apoio norte-americano à Ucrânia, não prevemos qualquer problema”, disse Julianne Smith, sublinhando que os EUA “poderão manter-se concentrados na nossa parceria e no nosso compromisso com a segurança de Israel e manter os nossos compromissos e a nossa promessa de continuar a apoiar a Ucrânia”.

As preocupações giram em torno da continuação da ajuda dos Estados Unidos à Ucrânia, depois de o compromisso alcançado no Congresso para evitar a paralisação do orçamento dos EUA ter deixado de fora uma nova promessa de ajuda a Kiev.

A saída do líder republicano da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, complica ainda mais a situação e  Biden admitiu na semana passada que a situação o preocupava, estimando em 24 mil milhões de dólares (cerca de 22,6 mil milhões de euros) o valor neecssário para continuar a apoiar o esforço de guerra ucraniano.

Os principais países que apoiam o esforço de guerra ucraniano, incluindo os EUA, reúnem-se em Bruxelas na quarta-feira para fazer o balanço das entregas de armas e das necessidades de Kiev para a continuação da sua contraofensiva e para o fornecimento de equipamento antiaéreo antes do inverno. Só os EUA são responsáveis por metade da ajuda militar fornecida à Ucrânia, sendo o resto proveniente de outros países membros da NATO.