Declaração de Lisboa defende planos para a saúde mental e ambientes amigos dos idosos

O evento que termina esta quarta-feira juntou mais de 120 peritos de 53 países e foi preparado em articulação com a Coordenação do Plano de Ação de Envelhecimento Ativo e Saudável do Ministério da Saúde e do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

Estão reunidos em Lisboa peritos internacionais para um encontro entre a Direção-Geral da Saúde e a Organização Mundial da Saúde para o Encontro Regional Sobre Políticas Inovadoras para o Envelhecimento Saudável.

No evento, que termina hoje, foi apresentada a “Declaração de Lisboa” que defende medidas de prevenção para o bem-estar físico, social e mental dos idosos, em como maior oferta de cuidados de saúde.

O documento, que foi consensualizado entre peritos de vários países, apela ao “desenvolvimento de planos para a saúde, nomeadamente na área das demências, a a oferta de cuidados de saúde de alta qualidade e acessíveis e o envolvimento das pessoas idosas na criação de ambientes amigos da idade”.

A “Declaração de Lisboa” apela ainda ao envolvimento de todos os parceiros, nomeadamente pessoas de organizações internacionais, intergovernamentais, da sociedade civil e organizações não-governamentais, academia, ‘media’, setor privado e entidades relevantes, aponta a Direção Geral de Saúde em comunicado.

Estão assim definidas, no documento, cinco prioridades que podem contribuir para o envelhecimento saudável, sendo a primeira criação de medidas preventivas para o bem-estar físico, social e mental.

“A criação de ambientes que tornem possível um maior envolvimento das pessoas nas comunidades ao longo do ciclo de vida, nomeadamente através de uma era digital mais amiga da idade” e o “acesso a cuidados de elevada qualidade, acessíveis e de suporte às pessoas idosas, aos seus familiares e cuidadores” também são outras prioridades, bem como “implementação efetiva de políticas que alavanquem o potencial das pessoas mais velhas, nomeadamente combatendo o idadismo, a violência e o estigma” e a “disponibilização de dados e evidência que possam habilitar ações em torno do envelhecimento saudável”.

Em comunicado, o subdiretor-geral da Saúde, André Peralta Santos, destaca a importância deste compromisso, vendo que a “declaração de Lisboa é uma oportunidade para reconstruir e rejuvenescer, o que só é possível quando vários parceiros e países trabalham em conjunto”.

“Temos de garantir que o aumento da longevidade que a ciência nos proporciona esteja associado a anos com saúde, independência e realização”, defende André Peralta Santos.

Yongjie Yon, responsável na área do envelhecimento e saúde da OMS Europa, refere, por seu turno, que “se pretende reconstruir a história em torno do envelhecimento”.