Em 2011, o salário médio de um licenciado era de 1570 euros.
Nos dias de hoje, passada mais de uma década e depois de oito anos de governação da esquerda radical e libertária, esse salário é de apenas 1359 euros, com a agravante do custo de vida ter quase duplicado.
Esta é a herança de Costa e o verdadeiro motivo pelo qual os jovens com instrução superior optam por emigrar para bem longe deste oásis socialista à beira-mar plantado.
O vencimento a que estão condenados a auferir não lhes permite aspirar a constituir família e a ter um lar onde possam residir.
A chamada geração mais bem preparada abandona o país que a viu nascer, sem qualquer intenção, num horizonte que tende a ser permanente, de regressar para junto dos seus.
Mas a culpa, claro está, não é de Costa nem das mentes incapazes que se têm alternado nas diversas pastas ministeriais sob a sua alçada.
Não, os verdadeiros e únicos responsáveis são o Passos, o Cavaco, o Salazar, o Marquês de Pombal, o D. Dinis e até os romanos, que quando por aqui passaram deixaram esta terra no lindo estado em que ainda se encontra!
Costa não é apenas incompetente e mestre na arte de bem mentir, é igualmente um paladino da cobardia política, por se revelar inapto para assumir as responsabilidades pelos desastres da sua governação, optando antes por as atribuir aos que o antecederam nessas tarefas.
Há, no entanto, que lhe reconhecer mérito na capacidade de intoxicar uma fatia bastante considerável da sociedade com supostas virtudes da sua mestria em resolver os mais delicados problemas que afectam, pela negativa, o bem-estar dos portugueses, graças a uma eficiente máquina de propaganda que soube implementar dentro do Estado.
Com a imprensa quase toda domesticada e uma população apática e avessa a revoltar-se contra quem a empobrece, tem logrado enganar a maioria dos que se fazem ouvir com uma panóplia de medidas nas diversas áreas mais deficitárias do Estado, as quais, depois de espremidas, valem zero e não passam de uma simples ilusão.
Primeiro, com a habitação.
Convenceu os mais incautos de que não existem casas no mercado do arrendamento por causa do alojamento local e dos proprietários que insistem em ter os seus imóveis desocupados.
Daí a fazer aprovar um programa coercivo em relação a quem mais tem fomentado o turismo, o qual se tem tornado na quase exclusiva fonte de riqueza de um país catapultado para a cauda da Europa, e de legitimação de ocupações abusivas e selvagens de propriedades privadas, loucura que faz lembrar os piores momentos do famigerado gonçalvismo.
No entanto, dentro de algum tempo, não muito distante, ficará provado que nenhum desses mecanismos se revelou eficaz na resolução das graves lacunas que se observam no sector da habitação, mas, na altura, a responsabilidade por esse fracasso será endereçada às câmaras municipais, principalmente às que não estão na órbita do PS, e, obviamente, Costa, uma vez mais, passará pelos pingos da chuva, sem se molhar, por obra e arte da tal agência de publicidade encarregue de o endeusar.
Com toda esta demagogia, esconde-se a verdadeira razão pela qual os jovens não encontram um refúgio onde possam viver em paz: casas existem, não há é dinheiro para as pagar!
Com os preços dos fogos destinados à habitação a dispararem para o dobro nos últimos anos, fruto dos elevados encargos de construção, facto a que não é alheia uma carga fiscal desproporcionada, e com o emagrecer dos vencimentos de quem se prestou a tirar um curso superior, o único milagre possível é a emigração!
Para procurar corrigir este flagelo, recentemente o governo anunciou, com pompa e circunstância, uma série de incentivos para que os jovens licenciados desistam da ideia de procurar uma vida melhor num país desenvolvido, aceitando os empregos que têm à disposição em Portugal.
O mais mediático, é a devolução de parte das propinas, uma vez concluída a licenciatura.
Está-se mesmo a ver que esses trocos, porque é disso que se trata, serão estímulo suficiente para que um jovem, num mundo global tornado realidade, desista da hipótese de auferir um ordenado decente fora das nossas fronteiras e aceite um vencimento de miséria que por cá lhe é oferecido.
Só mesmo alguém com características próximas das que ostentam os animais de raça asinina, é que poderá acreditar em tamanha farsa!
Mas Costa, certamente consciente da ineficácia da benesse das propinas, conseguiu tirar um coelho da cartola para convencer os mais novos a não partirem para longe dos seus: quatro bilhetes de borla em comboios da CP, em dias em que não haja greve, e uma semana de férias numa qualquer pousada de Portugal.
Tiro certeiro!
Ninguém, no seu perfeito juízo, se predispõe a trocar a possibilidade de gozar uns dias de lazer na Serra da Estrela por uma vida inteira facilitada num outro país!
E ainda por cima sem ter que desembolsar um tostão que seja nas viagens para o destino e de regresso.
Se fosse apenas cómico, até nos poderíamos divertir com todo este delírio da máquina de desgovernarão socialista, mas, no entanto, há um preço a pagar por todos estes disparates e, naturalmente, será o contribuinte a suportá-lo.
As dádivas que Costa, generosamente, oferece aos jovens portugueses que desistam de emigrar não servem absolutamente para nada, mas aceleram todo o processo em curso de delapidação dos cofres do Estado.
Assim se brinca com o nosso dinheiro!
Este é o maravilhoso mundo socialista em que vivemos, no qual até a Miss Portugal, quando se desloca a um hospital, ao invés de se dirigir à zona de consultas de ginecologia, vai antes para as de urologia!
Um grande salto civilizacional, pois claro!