O primeiro-ministro, António Costa, assegurou, esta sexta-feira em Gondomar, que a obra da linha ferroviária de alta velocidade entre Lisboa e Vigo “vai ser feita”, apesar de ser um investimento “que se julgava que nunca se faria”.
O líder do Governo falava sobre investimentos na ferrovia à margem da cerimónia de apresentação da extensão da rede do Metro do Porto, que compreende as linhas ISMAI – Muro – Trofa (metro até Muro e ‘metrobus’ até Paradela), Gondomar II (Dragão – Souto), Maia II (Roberto Frias – Parque Maia – Aeroporto) e São Mamede (IPO – Estádio do Mar).
Numa cerimónia que contou com a presença do ministro do Ambiente e Ação Climática e dos autarcas da região, António Costa defendeu que se trata de “um investimento gigantesco que está a ocorrer em todo o país e que culminará, e também era uma obra que se julgava que nunca se faria, e que vai ser feita, que é a ligação em alta velocidade entre Lisboa e o Porto, entre o Porto e Vigo, e seguramente um dia também entre Porto e Lisboa e o resto da Europa”.
Além do mais, o primeiro-ministro salientou que, está em curso o “maior investimento em ferrovia que o país teve”, reiterando que “só o investimento da linha entre Sines e o Caia é o maior investimento dos últimos 100 anos na ferrovia”.
António Costa relembrou a eletrificação da Linha do Douro, até ao Marco do Canaveses, no distrito Porto, e também a eletrificação da Linha do Minho até Viana do Castelo, sendo que a linha também já está eletrificada até Valença (distrito de Viana do Castelo).
O projeto de alta velocidade Lisboa-Porto, com um custo estimado de cerca de 4,5 mil milhões de euros, prevê uma ligação entre as duas cidades numa hora e 15 minutos, com paragem possível em Leiria, Coimbra, Aveiro e Gaia.
O desenvolvimento do projeto e construção da primeira fase (Porto – Soure) está previsto para os intervalos entre 2024 e 2028, e o Soure – Carregado (a ligação a Lisboa terá desenvolvimento posterior) entre 2026 a 2030.
Paralelamente, está também a desenvolver-se a ligação Porto-Vigo, dependente da articulação com Espanha, com nova ligação ao Aeroporto Francisco Sá Carneiro e troço Braga-Valença (distrito de Viana do Castelo) até 2030.