A posição do Ministério Público (MP), conhecida esta quarta-feira, sobre o atropelamento mortal na A6, envolvendo o carro onde seguia o então ministro da Administração Interna, é a de que o ex-governante Eduardo Cabrita e o seu antigo chefe de segurança, Nuno Dias, não devem ir a julgamento.
No debate instrutório do processo, a decorrer hoje no Tribunal da Relação de Évora (TRE), o magistrado do MP considerou que não há indícios suficientes que sustentem a pronúncia destes dois arguidos.
Para o MP, o então ministro estava a trabalhar e a responder a e-mails e telefonemas durante a viagem e não se apercebeu da presença de um homem na estrada.
O procurador chamou também a atenção para o facto de não ter ficado provado que Eduardo Cabrita sabia que velocidade seguia o carro nem que deu indicações ao motorista.
Sobre o seu chefe de segurança, o procurador lembrou que este seguia noutro carro e que não tinha a perceção da velocidade a que seguia o veículo de Eduardo Cabrita.