O novo filme do cineasta estreou a 19 de outubro e conta no elenco com nomes como Robert De Niro e Leonardo DiCaprio
EUA, década de 1920. Expulsos das suas férteis pastagens no Kansas, os índios Osage acabaram por ter de se radicar numa região estéril e acidentada do atual estado do Oklahoma. Mas, ironia das ironias, essa terra que ninguém queria revelou-se, afinal, rica em petróleo, que brotava do chão e lançava os seus jatos a 20 e 30 metros de altura. Os índios, anteriormente no limiar da miséria, tornam-se o povo mais rico do mundo.
Assassinos da Lua das Flores, que acaba de se estrear nas salas portuguesas, conta a história vista pelos olhos de Ernest Burckhart (DiCaprio), um jovem que combateu na Grande Guerra e regressa, doente, para trabalhar com o tio, William Hale (De Niro). Hale, a quem todos tratam por ‘rei’ (inclusive o sobrinho) é o verdadeiro patrão:_amigo dos índios, filantropo, controla os acontecimentos a partir da sua próspera fazenda. E encoraja Burckhart a casar-se com uma índia, como fizeram outros brancos sem escrúpulos. Os desejos do rei são uma ordem, e Burckhart une os seus destinos aos de Mollie.
Entretanto, os Osage começam a morrer em circunstâncias suspeitas – incluindo as três irmãs de Mollie – como se sobre eles se tivesse abatido uma maldição, ou uma ‘epidemia de azar’. E não há quem consiga descortinar a autoria dos crimes. Até que entra em cena uma equipa do recém-criado FBI. Scorsese adoptou o livro homónimo de David Grann, num filme com grandes interpretações e perto de 3h30.