A televisão estatal russa divulgou esta sexta-feira imagens de uma visita do presidente da Rússia ao quartel-general das forças russas no sul do país, no mesmo dia em que a Ucrânia diz ter morto mais de 1.300 soldados russos em combate nas últimas 24 horas.
Vladimir Putin foi ao centro de comando, em Rostov, inteirar-se das operações militares com o chefe do Estado-Maior e comandante da guerra na Ucrânia, Valery Gerasimov, depois de na véspera vários altos oficiais militares ucranianos terem admitido que as tropas de Kiev estavam a enfrentar um novo ataque russo no leste do país, apesar dos avanços da contraofensiva no sul da Ucrânia.
Entretanto, também esta sexta-feira, as forças Armadas ucranianas afirmaram ter matado 1.380 soldados russos em combates nas últimas 24 horas e que mais de 292 mil militares russos morreram desde o início da invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022.
O Estado-Maior do Exército ucraniano adiantou que desde o início do conflito foram destruídos 5.047 tanques de guerra, 7.012 sistemas de artilharia, 548 sistemas de defesa aérea, 320 aeronaves, 324 helicópteros, 5.326 drones, 1.535 mísseis de cruzeiro, 20 barcos e um submarino, bem como 9.370 veículos e tanques de combustível.
“Os dados estão a ser atualizados. Vamos vencer juntos. A nossa força está na verdade”, declarou o Estado-Maior do Exército ucraniano, juntamente com os dados sobre as baixas russas, muito acima dos reconhecidos até ao momento por Moscovo.
Na quinta-feira, o exército ucraniano atravessou o rio Dnipro e entrou na parte ocupada da região de Kherson, onde terá libertado pelo menos uma cidade. Em agosto, a Ucrânia tinha feito várias tentativas de cruzar o rio Dniepre, tendo mesmo conseguido hastear a bandeira do país perto da ponte Antonivka.
De acordo com o Estado-Maior General das Forças Armadas ucranianas, o Exército ameaça romper as defesas russas em Kherson, com desembarques na margem esquerda do rio Dnipro e tentativas de se estabelecer nestas posições e anuncia a libertação da cidade de Pischanivka, salientando que a aviação russa a tinha bombardeado.
O Instituto para o Estudo da Guerra (ISW) confirmou, com base em imagens geolocalizadas, os avanços ucranianos a norte de Pischanivka e da vizinha Poima, ambas a cerca de três quilómetros a leste do rio. Em agosto, a Ucrânia tinha feito várias tentativas de cruzar o rio Dnipro, tendo mesmo conseguido hastear a bandeira do país perto da ponte Antonivka.
O ISW refere que, por sua vez, as forças russas fizeram “avanços confirmados” por imagens geolocalizadas numa rodovia ao sul da cidade de Avdivka.