Comércio de proximidade critica transição digital e falta de apoios do Governo

CCP lembra que o PRR dispõe de um montante de apoios dirigidos ao setor do comércio e serviços “que é claramente residual, quer face ao montante total do programa, quer face aos apoios dirigidos especificamente às empresas”.

A Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) acompanha as preocupações expressas por um conjunto de associações empresariais do norte a sul do país, no que respeita à insuficiente aposta das políticas públicas no setor do comércio e de muitos serviços. “É inquestionável que estes setores, que pela sua dimensão dão um contributo significativo para a economia e o emprego, têm passado por profundas transformações e estão confrontados com significativos desafios, nomeadamente o desafio da transição digital”, refere em comunicado.

A CCP lembra que o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) dispõe de um montante de apoios dirigidos ao setor do comércio e serviços “que é claramente residual, quer face ao montante total do programa, quer face aos apoios dirigidos especificamente às empresas. Por outro lado, existe um risco significativo de estes setores serem novamente marginalizados do âmbito do PT 2030”.

E face a este cenário, a confederação considera “totalmente fundamentadas as pretensões deste conjunto de associações que reclamam a criação de um programa de apoio à modernização do comércio, com a maior brevidade possível, assim como a criação de avisos de candidatura no âmbito do PT2030, desenhados especificamente para os desafios, especificidades e reais necessidades do comércio e serviços de proximidade”.

“Estas pretensões vão aliás ao encontro das propostas apresentadas pela CCP ao Governo no contexto da definição de uma Agenda para a Competitividade do Comércio e dos Serviços, prevista no Acordo de Concertação Social de 2022 e reafirmada recentemente no contexto da concertação social”, salienta.