O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, perante o seu homólogo guineense, Umaro Sissoco Embaló, elogiou a “estabilização institucional” da Guiné-Bissau e saudou a “capacidade de diálogo” entre altos representantes dos dois países.
O chefe de Estado português falava, esta terça-feira, no Palácio de Belém, em Lisboa, onde recebeu o Presidente da República da Guiné-Bissau, que iniciou uma visita de Estado a Portugal.
De acordo com Marcelo Rebelo de Sousa, a Guiné-Bissau tem mostrado “uma estabilização institucional que se traduz neste momento em viver o que Portugal já vive há praticamente oito anos – e outros estados de língua oficial portuguesa vivem há menos tempo também – que é uma coabitação estabilizada” entre Presidente da República e Governo.
No entender do Presidente português, Portugal e a Guiné-Bissau têm “sistemas de governo que não são exatamente iguais”, com “um pano de fundo semelhante que é o semipresidencialismo, mas nuns casos mais presidencialismo, noutros casos menos”.
Marcelo reconhece, ainda, que a “estabilização institucional” da Guiné-Bissau determina “condições para a cooperação bilateral e para a atividade conjunta multilateral”.
“Há aqui uma estabilização no relacionamento entre os dois povos, que corresponde à estabilização no relacionamento entre os dois estados e, portanto, um período muito importante e fecundo nas nossas relações bilaterais”, considerou.
Na sua declaração, de cerca de dez minutos, Marcelo Rebelo de Sousa congratulou-se com a “eleição unânime” da Guiné-Bissau para presidir à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) entre 2025 e 2027, “coincidindo com os 30 anos desta organização”.
“É muito importante que esta presidência da Guiné-Bissau tenha sido confirmada unanimemente”, apontou o Presidente da República.
Marcelo Rebelo de Sousa realizou em maio de 2021 uma visita oficial à Guiné-Bissau, 31 anos depois de Mário Soares, que tinha sido o último Presidente português a visitar oficialmente aquele país, em 1989.
Antes, em outubro de 2020, recebeu em Lisboa o Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló.