Setor energético. Mercado livre absorve 65% das reclamações

Entre 1 de janeiro e 15 de outubro foram apresentadas 4274 reclamações dirigidas ao setor energético no Portal da Queixa.

O número de reclamações dirigidas ao setor energético no Portal da Queixa registou um crescimento. Entre janeiro e outubro deste ano, a variação foi de mais 6,4%, em relação ao mesmo período do ano passado. O mercado livre absorve mais de 65% das queixas.

“De acordo com o alerta de vários especialistas, a escalada do conflito entre Israel – Hamas pode prejudicar ainda mais o abastecimento global de petróleo e gás, já perturbado pela invasão da Rússia à Ucrânia”, diz o Portal da Queixa, acrescentando que, em Portugal, “é no preço da fatura que se gera o maior descontentamento dos consumidores. Uma insatisfação que, este ano, também se reflete no aumento das reclamações dirigidas ao setor energético”.

Assim, entre os dias 1 de janeiro e 15 de outubro, os consumidores portugueses apresentaram 4.274 reclamações dirigidas ao setor energético – eletricidade e gás – nas categorias mercado livre, mercado regulado e distribuição. Números que representam um crescimento de 6,4% face ao mesmo período do ano passado, em que foram registadas 4.017 ocorrências.

Nas categorias analisadas, o mercado livre lidera o volume de reclamações (65,4%), seguido pela distribuição que acolhe 29,2% das queixas e o mercado regulado absorve uma fatia de 5,4%.

E foi também o mercado livre que registou a maior subida de reclamações: 73,2%. No mercado regulado, o aumento foi de 43,13%, em relação ao ano passado.

No que diz respeito aos motivos, a liderar a lista está a cobrança indevida (21,6%), que se refere a valores que alegadamente foram cobrados de forma incorreta. Já 15% das ocorrências foram motivadas por alegados erros de leitura no contador e consequente faturação. As falhas de fornecimento de energia estão na origem de 14,5% das queixas. O quarto motivo mais apontado está relacionado com os atrasos no ato de ligar ou desligar o serviço contratado (11,2%). Os cortes de energia geraram 6,6% das queixas. Já os reajustes tarifários motivaram 5,2% das ocorrências e as dificuldades no contacto com o apoio ao cliente originaram 4,3% das reclamações geradas este ano.