O Abanca gerou um resultado atribuível de 428,6 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, elevando o seu rácio de rendibilidade para 13,0%. “O desempenho positivo da entidade foi sustentado pelo dinamismo do mercado de retalho e pela solidez do seu perfil financeiro, gerando um conjunto de resultados de elevada qualidade”, referiu a instituição financeira.
O banco lembra que a compra do TARGOBANK, que desde outubro opera sob a marca TARGOBANK grupo Abanca, reforça a presença do banco no Mediterrâneo e na Andaluzia. “Além disso, irá contribuir igualmente para o reforço das linhas estratégicas da atividade de retalho, como o crédito e os seguros, para a criação de sinergias em atividades estratégicas, como os meios de pagamento, as atividades de ativos fora de balanço e a venda livre de seguros, e para o aumento da recorrência e da qualidade dos resultados”, salientou.
Nos primeiros nove meses do ano, o Abanca concedeu mais de 7 mil milhões de euros de novos empréstimos às famílias e empresas. Estes dois segmentos, que representam respetivamente 40% e 42% do total, recebem mais de 8 em cada dez euros de crédito do banco. Em Espanha, os novos empréstimos foram 3,7% superiores aos de setembro de 2022, enquanto que em Portugal foram ainda mais elevados, com 17,5%.
“Em ambos os países, o banco está a ganhar quota de mercado nos principais segmentos de negócio. No crédito à habitação, o aumento de 12,6% nas formalizações, para 1.174,0 milhões de euros, o que se traduziu num crescimento da quota de mercado das novas operações de 93 p.b. em Espanha e de 97 p.b. em Portugal. Por sua vez, o crédito a empresas ascendeu a 5.102,6 milhões de euros, mais 6,1% o que se traduz num crescimento da quota de mercado das novas operações de 3 p.b. em Espanha e de 58 p.b. em Portugal”, salientou.
Este aumento do crédito foi acompanhado por um crescimento de 9,3% nos recursos de clientes, que ultrapassaram os 66 687 milhões de euros, incluindo a parte correspondente ao TARGOBANK grupo Abanca. Já os depósitos a prazo e os produtos fora de balanço registaram um aumento de 4.736 milhões de euros este ano.
Os depósitos de clientes de retalho aumentaram 8,3%, com um elevado nível de granularidade. Estes valores traduziram-se em ganhos de quota de mercado de 18 p.b. em Espanha e de 10 p.b. em Portugal. No final de setembro, os depósitos de clientes de retalho ascendiam a 53.285 milhões de euros.
Este dinamismo da atividade também se verificou nas atividades de fora de balanço e de seguros. Neste âmbito, os fundos fora de balanço cresceram 13,7 % para 13.402 milhões de euros em relação a setembro de 2022. No que diz respeito ao serviço de gestão discricionária de carteiras do banco, este gere um volume superior a 1.200 milhões de euros.