PSOE chega a acordo com ERC para amnistia de independentistas catalães

Sánchez e Aragonês fecharam o conteúdo de uma lei de animista para os envolvidos na tentativa de autodeterminação da Catalunha

O partido socialista espanhol (PSOE) chegou a acordo com a Esquerda Republicana (ERC) da Catalunha para a amnistia de independentistas catalães. A ERC é uma das cinco formações com quem os socialistas negoceiam a viabilização do novo governo de Espanha.

O acordo foi anunciado na madrugada desta quarta-feira pelos dois partidos depois de uma conversa telefónica entre Pedro Sanchéz, líder socialista e atual chefe de governo, e Pere Aragonès, dirigente da ERC e atual presidente do governo regional catalão.

Nessa conversa, segundo um comunicado dos dois partidos, Sánchez e Aragonês fecharam o conteúdo de uma lei de animista para os envolvidos na tentativa de autodeterminação da Catalunha que culminou com um referendo ilegal e uma declaração unilateral de independência em 2017.

Segundo o comunicado do PSOE e da ERC, Sánchez e Aragonès “desbloquearam os últimos detalhes” da futura lei de amnistia dos independentistas catalães e de um acordo para a investidura do novo governo, que também integrará “questões políticas e económicas”. 

A amnistia é a exigência feita pelos partidos catalães para viabilizarem um novo Governo liderado por Pedro Sánchez, que poderá ser uma coligação de esquerda formada pelo PSOE e pela plataforma Somar. Além da ERC, a amnistia é exigida pelo Juntos da Catalunha (JxCat), o partido do antigo presidente do governo regional Carles Puigdemont, que vive na Bélgica desde 2017 para fugir à justiça espanhola.

O acordo com a ERC é o primeiro que o PSOE fecha com os partidos de que precisa para a viabilização do novo governo pelo parlamento. Será ainda necessário o voto dos deputados de mais três partidos nacionalistas e independentistas da Galiza e do País Basco (Bloco Nacionalista Galego, Partido Nacionalista Basco e EH Bildu).

Como o resultado das legislativas de 23 de julho impediu a formação de um executivo, as negociações prosseguem. Se até 27 de novembro não houver novo chefe de governo  investido pelo parlamento, Espanha terá de repetir as eleições.