NATO pede maior apoio militar para a Ucrânia

Ucranianos têm contado com o apoio dos aliados ocidentais em armamento para combater as tropas russas desde que foi invadida por Moscovo, em 24 de fevereiro de 2022

O secretário-geral da NATO pediu esta terça-feira que os aliados mantenham o apoio militar à Ucrânia para ser possível conseguir uma solução negociada para a guerra com a Rússia. 

“Se queremos uma solução negociada, a forma de lá chegar é através do apoio militar à Ucrânia”, afirmou Jens Stoltenberg à chegada à reunião dos ministros da Defesa da União Europeia (UE), em Bruxelas.

Stoltenberg disse que a única forma de se chegar a uma solução aceitável para a Ucrânia é convencer o Presidente russo, Vladimir Putin, de que não vencerá no campo de batalha. “E a única forma de o fazer é reforçar a capacidade militar da Ucrânia, prestando-lhe apoio”, 

O responsável acrescentou que não se pode afirmar como e quando a guerra irá terminar, mas considerou que as hipóteses de um “resultado negociado aceitável” aumentam quanto maior for o apoio militar a Kiev, e que a cabe aos ucranianos decidir as condições aceitáveis para negociar com a Rússia e para qualquer acordo.

O líder da NATO salientou que a responsabilidade para com a Ucrânia também é do interesse dos aliados ocidentais, para “mostrar que estamos a apoiar o Estado de Direito, o Direito internacional e que estamos a ajudar a Ucrânia a lutar contra uma guerra de agressão”. 

Stoltenberg disse que os combates continuam e que a situação no campo de batalha é difícil, o que torna ainda mais importante manter e aumentar o apoio à Ucrânia. “Não podemos permitir que o Presidente Putin vença. A Ucrânia tem de prevalecer como nação soberana e independente na Europa. É do nosso interesse apoiar a Ucrânia”, salientou.

A Ucrânia tem contado com o apoio dos aliados ocidentais em armamento para combater as tropas russas desde que foi invadida por Moscovo, em 24 de fevereiro de 2022. No entanto, a eclosão da guerra entre Israel e o grupo terrorista palestiniano Hamas desviou as atenções para o Médio Oriente e fez recear um esmorecer do apoio aliado à Ucrânia.