Na manhã desta segunda-feira, estudantes do núcleo de Coimbra do Fim ao Fóssil, bloquearam as entradas do Departamento de Matemática da Universidade de Coimbra (UC), reivindicando o fim do uso de combustíveis fósseis até 2030.
Escolhido propositadamente por ter sido naquele edifício em que, em 1969, durante o Estado Novo, o na altura presidente da Associação Académica de Coimbra pediu a palavra, os cincos estudantes, utilizando tubos de cola, bloquearam a entrada principal do Departamento de Matemática da UC e barricaram a entrada das traseiras do mesmo edifício.
O grupo de ativistas deixaram inscrições na porta principal onde se podiam ler: “Fim ao fóssil 2030” e “A Estação Nova Fica!”.
Os cinco estudantes que bloqueavam a entrada do edifício acabaram por ser retirados da entrada principal pela Polícia de Segurança Pública (PSP), por volta das 10:00 com o apoio de bombeiros e INEM.
Três dos manifestantes foram levados para a esquadra para identificação e apreensão de material e dois para o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, para tratamento de lesões provocadas pelo próprio protesto, nomeadamente por causa da cola, explicou.
O protesto também tinha pretensões locais, nomeadamente a defesa da manutenção da Estação Nova de Coimbra, que vai fechar no âmbito do Sistema de Mobilidade do Mondego, e o fim da parceria da UC com o Banco Santander, que continua “a investir ativamente em combustíveis fósseis”, aclarou um dos ativistas.