Estudantes e apoiantes do Movimento Greve Climática Estudantil ocuparam, esta sexta-feira, o Ministério das Infraestruturas e o Ministério do Ambiente, em protesto contra a “inação do Governo e das instituições em acabar com os combustíveis fósseis”.
A manifestação começou no Largo Camões e seguiu em direção ao Ministério do Ambiente. Durante a marcha as autoridades revistaram tês estudantes, tendo encontrado e apreendido dois “engenhos pirotécnicos” e um saco com tintas.
Os estudantes estão desde dia 13 a fazer uma onda de ações para reivindicar que o governo forme um plano de como se pode transitar para o fim do uso dos combustíveis fósseis.
Tinham já deixado uma proposta para esta transição no Ministério do Ambiente e em vários partidos. “Qualquer governo que não siga estes termos é ilegítimo, pois está a escolher ignorar a maior crise que a humanidade já enfrentou, em nome do lucro fóssil”, defende a porta-voz do movimento.
“Este ministério representa a inação geral do governo e de todas as instituições. O sistema fóssil que rege as instituições está a falhar-nos. Não podemos deixar que este sistema que coloca o lucro à frente das pessoas continue a existir impune”, diz Beatriz Xavier.
“Vamos parar o normal funcionamento deste espaço, pois o governo não pode continuar a condenar milhares de pessoa à morte impunemente”, acrescenta, e sublinha: “O nosso futuro não é um negócio, não pode ser vendido a troco de lucro às empresas fósseis ou nunca teremos uma transição justa”.