Negociação do horário laboral dos médicos só depois das eleições

Governo e os sindicatos médicos voltam a reunir-se na terça-feira, véspera da votação final do Orçamento do Estado para 2024

O ministro da Saúde defendeu esta sexta-feira que faz pouco sentido negociar propostas relativas ao horário laboral dos médicos quando há eleições legislativas em março.

“Nós consideramos que, neste momento, havendo eleições antecipadas marcadas para o mês de março faz pouco sentido que seja o atual governo a assumir um compromisso que depois no futuro pode criar mais dificuldade ao funcionamento do Serviço Nacional de Saúde [SNS]”, afirmou Manuel Pizarro. 

“Nós aceitaríamos esse princípio [redução da carga horária] faseadamente, porque estaríamos num governo de legislatura capaz de promover a reorganização do SNS que fizesse com que essa redução da carga horária médica, não se acompanhasse por redução da capacidade de atendimento aos portugueses. Nesta circunstância parece-nos que não faz sentido ser o atual Governo a fazer esse acordo”, acrescentou o governante. 

Devido à atual crise política, o tema foi deixado de parte nas negociações entre o Governo e os sindicatos médicos, que falharam um acordo na reunião de quinta-feira, e voltam a reunir-se na terça-feira, véspera da votação final do Orçamento do Estado para 2024.