O resultado está à vista, inclusive nas salas portuguesas, onde a película se estreou esta quinta-feira. O Napoleão de Scott tem dividido a crítica: com cerca de duas horas e meia, uns acham-no “épico”, enquanto outros – e não são poucos – o consideram um fracasso ou mesmo um filme amorfo. Os franceses, em especial, não gostaram de ver o ‘pequeno cabo’, representado no grande ecrã por Joaquin Phoenix, a falar em inglês… Segundo o Figaro, o filme poderia chamar-se Barbie e Ken sob o Império.
Começando com a execução de Maria Antonieta na guilhotina e os tumultos nas ruas de Paris no pós-revolução, Napoleão acompanha em seguida a ascensão do carismático líder corso. E a sua queda. A relação com Josefina desempenha também um papel de relevo. Historiadores têm apontado incoerências aqui e ali, mas ninguém fica indiferente às grandiosas cenas de batalhas, com empolgantes investidas de cavalaria e os homens da Grande Armée perfilados como soldadinhos de chumbo.
Napoleão debaixo de fogo
Se Stanley Kubrick nunca chegou a concretizar o seu projeto megalómano sobre Napoleão – chamaram-lhe mesmo ‘o maior filme jamais feito’ –, Ridley Scott, de 86 anos, atirou-se à tarefa e despachou-a em seis meses.