Esta terça-feira, o candidato a secretário-geral do Partido Socialista (PS), José Luís Carneiro, afirmou que pretende validar, com a Ordem dos Médicos, um compromisso de legislatura, contendo uma resposta estruturada em matérias como o investimento em infraestruturas e dignificação profissional.
Este projeto político foi apresentado no final da reunião, entre o candidato socialista, acompanhado pelos deputados do PS, Maria Antónia Almeida Santos e Lacerda Sales, com o bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes.
José Luís Carneiro, perante os jornalistas, defendeu as reformas, em curso, no Serviço Nacional de Saúde (SNS), pediu flexibilidade negocial aos sindicatos – que têm negociações previstas com o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, esta terça-feira – e salientou o esforço de aproximação que tem sido feito pelo ministro com a tutela da saúde mas, sobretudo, por parte do primeiro-ministro, António Costa, e do ministro das Finanças, Fernando Medina – este último, seu apoiante na corrida à liderança do PS.
Em relação ao seu projeto de médio prazo, para a saúde, o candidato socialista realçou que “o bastonário da Ordem dos Médicos vai agora ouvir os membros da sua estrutura diretiva” porém, assegurou que “validámos um princípio: Um compromisso de legislatura que integre a variável associada ao investimento nas infraestruturas e às condições para a dignificação da atividade profissional”.
“Nos últimos dias, tenho vindo a fazer acordos de princípio com instituições parceiras do SNS. Verifiquei que há um princípio de acordo com as instituições do setor social para reforçar em 50% as consultas e para reforçar as cirurgias e os exames de diagnóstico. Queremos, ainda, integrar na rede de cuidados continuados a saúde mental e as demências, porque há capacidade de resposta infraestrutural e de meios humanos”, defendeu o atual ministro da Administração Interna.
José Luís Carneiro salientou ainda a importância da iniciativa “Voltar para Casa” onde nas “instituições de desenvolvimento social reúnem condições para, no período de seis meses, cerca de 300 idosos, que são instalados nos hospitais, por falta de retaguarda familiar ou social, o possam fazer”.
“Temos de conseguir trabalhar em conjunto para valorizar a resposta de proximidade, fazendo do centro de saúde e do médico de família a primeira e mais importante resposta – uma resposta que se deve diversificar e tornar-se mais forte junto das comunidades locais, através de uma articulação da Saúde com a Segurança Social”, sustentou.
Neste último ponto, José Luís Carneiro indicou que o sistema tem também de basear-se numa “flexibilização em temos de contratualização com os territórios”, já que apresentam realidades distintas em termos sociais.