O rei de Espanha disse esta quarta-feira aos deputados e ao novo Governo que “todas as instituições” têm a obrigação de trabalhar por “uma Espanha sólida e unida, sem divisões nem confrontos”.
“A nossa obrigação, a obrigação de todas as instituições, é legar aos espanhóis mais jovens uma Espanha sólida e unida, sem divisões nem confrontos”, disse Felipe VI, numa sessão parlamentar que marcou o arranque formal da XV legislatura em Espanha.
O chefe de Estado espanhol invocou “o pacto entre espanhóis” que está na origem da democracia em Espanha e da Constituição de 1978, que considerou um “grande êxito coletivo” do país.
Felipe VI pediu para ser honrado esse “legado de grandeza, responsabilidade e sentido da História”, que teve como base o “entendimento mútuo, sem imposições, nem exclusões, e a vontade de integração, que enriquece, com a diversidade e o pluralismo, o projeto comum da nação”.
De acordo com o monarca, a “procura de entendimento, o reconhecimento das nossas diferenças, unido ao respeito mútuo como cidadãos, a certeza de que só superando divisões é que há uma base segura para as liberdades e os direitos, foram ideias e atitudes determinantes para abrir uma nova página da nossa História”.
O PSOE foi o segundo mais votado nas eleições legislativas de 23 de julho, mas volta a liderar o Governo nesta legislatura. O Executivo é uma coligação do PSOE com o Somar, uma plataforma de formações à esquerda dos socialistas, e o executivo foi viabilizado, no parlamento, por mais seis partidos nacionalistas e independentistas das Canárias, Catalunha, Galiza e País Basco.
Os partidos Juntos pela Catalunha, Esquerda Republicana da Catalunha, EH Bildu (basco) e Bloco Nacionalista Galego estiveram ausentes da cerimónia por não reconhecerem a legitimidade da monarquia espanhola.