A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) reviu em baixa as previsões para a economia portuguesa e prevê agora um crescimento de 2,2% para este ano, de 1,2% para 2024 e de 2% para 2025.
“A baixa confiança das empresas e das famílias, o crescimento global modesto e a elevada incerteza estão a travar a atividade, embora o mercado de trabalho restritivo apoie o crescimento dos salários e o consumo privado e a implementação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) impulsione o investimento”, diz a OCDE no Economic Outlook divulgado esta quarta-feira, acrescentando que “um reforço progressivo da procura externa apoiará as exportações em 2024-25”.
A organização adianta ainda que “a dívida pública continuará a diminuir e descerá para menos de 100% do PIB em 2025” e que “uma despesa pública mais eficiente e um quadro orçamental reforçado contribuirão para fazer face às crescentes pressões sobre as despesas decorrentes do envelhecimento da população e das fortes necessidades de investimento”.
No que diz respeito à inflação, a OCDE mantém as previsões de redução da inflação em Portugal para 3,3% em 2024, apontando agora também uma queda para 2,4% em 2025.
“A eliminação progressiva dos apoios à energia e à inflação e o elevado crescimento nominal do PIB [Produto Interno Bruto] contribuirão para manter os excedentes orçamentais e reduzir a dívida pública para cerca de 98% do PIB em 2025 (definição de Maastricht)”, escreveu.
A nível global, as perspetivas projetam um crescimento do PIB de 2,9% em 2023, seguido de um ligeiro abrandamento para 2,7% em 2024 e uma ligeira melhoria para 3% em 2025. Espera-se que a Ásia continue a ser responsável pela maior parte do crescimento global em 2024-25, tal como aconteceu este ano.
Prevê-se que a inflação dos preços no consumidor continue a diminuir gradualmente até atingir as metas dos bancos centrais na maioria das economias até 2025, à medida que as pressões sobre os custos diminuem. Prevê-se que a inflação dos preços no consumidor nos países da OCDE diminua de 7% em 2023 para 5,2% em 2024 e 3,8% em 2025.