A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), emitiu um aviso à população, esta quarta-feira, para as próximas 24 horas, que irão contar com chuva forte nas regiões litoral norte e centre, e queda de neve acima dos 1.400 metros de altitude.
O aviso teve por base as previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), que aponta “precipitação, por vezes forte e persistente, nas regiões litoral norte e centro, em especial no Minho e Douro litoral, progredindo para a Região Sul e a possibilidade de formação de gelo e geada no interior norte e centro” do país.
O IPMA explica também que existe a possibilidade de queda de neve acima dos 1400 metros de altitude, com o vento a intensificar-se do quadrante sul, com rajadas até 70 km/hora na faixa costeira norte do Cabo Raso e Terras altas, e ondas de noroeste com quatro a cinco metros no litoral norte e centro.
A precipitação intensa, vento forte e queda de neve, alertou a ANEPC, estão normalmente associadas à ocorrência de inundações nas zonas urbanas, causadas por acumulação de águas pluviais e obstrução dos sistemas de escoamento ou por galgamento costeiro, bem como a ocorrência de cheias, potenciadas pelo transbordo do leito de alguns cursos de água, rios e ribeiras.
No aviso divulgado pela Proteção Civil, alerta-se a a população para a “instabilidade de vertentes, conduzindo a movimentos de massa (deslizamentos, derrocadas e outros) motivados pela infiltração da água”, fenómeno que pode ser potenciado pela ”remoção do coberto vegetal na sequência de incêndios rurais, ou por artificialização do solo”.
A ANPEC apela, igualmente, para piso rodoviário escorregadio devido à possível formação de lençóis de água ou à acumulação de gelo e/ou neve, a par do arrastamento para as vias rodoviárias de objetos soltos, ou ao desprendimento de estruturas móveis ou deficientemente fixadas, por efeito de episódios de vento forte, que podem causar acidentes com veículos em circulação ou transeuntes na via pública.
A Proteção Civil lembra que o eventual impacto destes efeitos pode ser minimizado, sobretudo através da adoção de comportamentos adequados, pelo que, e em particular nas zonas historicamente mais vulneráveis, se recomenda a adoção das principais medidas preventivas para estas situações, nomeadamente, “garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas” e assegurar “uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas”.