«Em África, nenhum país é mais importante que Angola», afirmou o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, na receção ao seu homólogo angolano, João Lourenço, na Casa Branca, em Washington. As infraestruturas e os processos de paz no Continente Africano foram os principais temas em cima da mesa de trabalhos entre os dois chefes de Estado.
O encontro entre os Presidentes dos Estados Unidos da América e de Angola durou de cerca de uma hora, na Sala Oval, e teve como objetivos a discussão em torno do maior investimento dos Estados Unidos em África, com a mobilização de mais de mil milhões de dólares para o Corredor do Lobito; e os processos de paz em curso no continente Africano, onde Angola tem tido papel de liderança determinante.
O Corredor do Lobito é a ligação ferroviária que se estende de Angola à Zâmbia e a República Democrática do Congo e, no futuro, deve chegar ao Oceano Índico, conectando o continente de Leste a Oeste. «Este projecto inédito é o maior investimento dos Estados Unidos em África de todos os tempos», lembrou Joe Biden, realçando a impacto da obra na criação de empregos e na conexão de mercados para as futuras gerações.
O Presidente João Lourenço fala em novo paradigma nas relações entre os dois países e convidou o homólogo a visitar Angola em data ainda a acertar.
«Gostaria de aproveitar esta oportunidade, Presidente Joe Biden, para felicitá-lo pelo facto de ser o primeiro chefe de Estado americano a mudar o paradigma da cooperação entre os Estados Unidos da América e o continente africano», reconheceu o Presidente angolano, que enalteceu «a nova página que se abre nas relações»com África.
O Presidente Joe Biden agradeceu o trabalho e a liderança do seu homólogo «em prol da paz especificamente no Leste da República Democrática do Congo».
Os Estados Unidos estão, igualmente, a investir quase mil milhões de dólares adicionais em Angola para projectos na energia solar, com vista a apoiar Angola, até 2025, a atingir a meta de ter 75% da energia eléctrica proveniente de fontes renováveis.
No Livro de Honra da Casa Branca, o Presidente angolano escreveu: «Acredito muito francamente que o futuro da cooperação entre Angola e os Estados Unidos da América nos reserva realizações que lhe darão uma dimensão à altura do potencial existente a todos os níveis nas nossas duas nações e ajudarão, decerto, a concretizar as aspirações dos nossos respectivos povos a um amplo entendimento em prol do progresso, do bem-estar, da paz e da estabilidade mundial».