A COP28 está a chegar ao fim e o acordo alcançado, entre os países que participam na cimeira climática ambiental “fecha com chave de ouro” a participação de Portugal, disse o ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro.
O governante afirmou, em declarações à agência Lusa, no Dubai, que “o facto de termos conseguido uma declaração fecha com chave de ouro a participação de Portugal na COP, mas dá-nos uma perspetiva de esperança que é muito necessária na política climática”.
“Do ponto de vista daquilo que é o texto e a sua ambição”, prosseguiu Duarte Cordeiro, o texto “está muito mais em linha” com o que diz a ciência, com uma linguagem do “fim dos fósseis”.
O ministro do Ambiente e Ação Climática saudou ainda a mudança de “alguma linguagem que abria alçapões” para a utilização dos subsídios fósseis, que foi retirada do texto inicial, estando o esboço final alinhado “com aquilo que era mandato da União Europeia”. Apesar de não ser exatamente o que o consórcio europeu desejava, “é um compromisso”.
O ministro sublinhou também que “foi importante” que o documento consagrasse “aspetos relativos aos oceanos”.
“Sem consagração internacional dos oceanos, depois, nós não conseguimos fazer migrar para os planos nacionais o impacto que os oceanos podem ter, desde logo na capa na captura de carbono”, referiu.
Já a secretária de Estado da Energia, Ana Fontoura Gouveia, admitiu, esta quarta-feira, estar “muito feliz”.
“Na verdade, 30 anos depois, 28 COP depois, começámos finalmente o fim dos combustíveis fósseis e, por isso, temos de estar muito contentes por termos conseguido que 197 países decidissem em conjunto, por unanimidade, começar este caminho de afastamento dos combustíveis fósseis e também dotar os países mais vulneráveis, que estão mais expostos às alterações climáticas, dos meios para se defenderem, para se protegerem e para assegurarem a qualidade de vida dos seus cidadãos”, acrescentou a governante.