Violência contra árbitros “é um cancro que pode matar o futebol”, diz Collina

Pierluigi Collina, presidente da Comissão de Arbitragem da FIFA, sublinhou, mais uma vez, que “o árbitro não pode ser agredido por ter tomado uma decisão que pode não ter sido a mais certa”, nem ser alvo de ataques físicos ou materiais.

O presidente da Comissão de Arbitragem da FIFA, Pierluigi Collina, considerou, esta quarta-feira, que a violência contra os árbitros é “como um cancro que pode matar o futebol” e apelou para que a mesma seja combatida “antes que seja demasiado tarde”.

“A violência verbal e física contra os árbitros é um cancro que pode custar a vida ao futebol” prosseguiu Collina, afirmando que “é responsabilidade de todos os que amam este jogo atuar, antes que seja demasiado tarde e que este cancro o mate”.

As declarações do presidente da Comissão de Arbitragem foram divulgadas pela FIFA, em comunicado, onde se lê que Collina elogiou o árbitro turco Halil Umut Meler, que, na segunda-feira, foi atacado a soco pelo presidente de um clube e pontapeado na cara e cabeça no final de um jogo.

“Ninguém merece passar por isto. Ele estava a fazer o seu trabalho e foi atacado em pleno relvado” disse, admitindo que “as imagens dele caído no relvado, a proteger a cabeça com as mãos, enquanto o pontapeavam, são horríveis. Mas, ainda mais horrível é saber que há milhares de árbitros em todo o mundo que são atacados verbal e fisicamente em escalões inferiores, sem que a imprensa saiba. Na sua maioria, são árbitros jovens, em princípio de carreira”.

Collina sublinhou, mais uma vez, que “o árbitro não pode ser agredido por ter tomado uma decisão que pode não ter sido a mais certa”, nem ser alvo de ataques físicos ou materiais.

Na segunda-feira, o árbitro internacional turco Halil Umut Meler foi agredido pelo presidente do Ankaragücü, Faruk Koca, e por pessoas ligadas àquele clube, tendo a Federação Turca de Futebol suspendido “indefinidamente” a principal liga do país e os restantes campeonatos.

O presidente da FIFA já condenou a agressão ao árbitro, que esta quarta-feira deixou a unidade hospitalar na qual estava internado desde segunda-feira.