A entrevista ao primeiro-ministro António Costa, na TVI, não foi para fazer o balanço dos oito anos dos governos socialistas pela simples razão que o país e os portugueses estão piores do que estavam em 2015. A geringonça e a política das reversões acabou por dar péssimos resultados, oito anos depois, na economia, na degradação dos serviços públicos na saúde, na educação, na habitação, nos transportes públicos, nas Forças Armadas e nos serviços de segurança (PSP, GNR e SEF), apesar da maior carga fiscal de sempre! Foram uns incompetentes!
António Costa falou como secretário-geral do Partido Socialista e aproveitou para fazer campanha eleitoral a favor do PS. António Costa vai ficar conhecido como o manhoso, pois conseguiu ser primeiro-ministro mesmo tendo perdido as eleições. António Costa gosta de se fazer de vítima e é rancoroso.
Basta ver os ataques que fez ao Presidente Marcelo, por não ter nomeado Mário Centeno como primeiro-ministro e ter dissolvido a Assembleia da República, bem como, à Procuradora-Geral da República por ter escrito o último parágrafo do comunicado, a que estava obrigada, pois já tinha sido aberto o inquérito ao primeiro-ministro junto do Supremo Tribunal de Justiça.
Foi António Costa que se demitiu. Deve saber mais do que nós sabemos. Não foi a PGR que envolveu o primeiro-ministro António Costa nas suspeitas da Operação Influencer. Foram os suspeitos da Operação Influencer que envolveram o nome do primeiro-ministro António Costa nos seus eventuais crimes que estão a ser investigados. António Costa tem de voltar à escola para aprender português!
Os casos dos ex-ministros Eduardo Cabrita e Azeredo Lopes não são abonatórios para António Costa.
O ex-ministro Eduardo Cabrita era responsável pelo que se passava na sua viatura oficial. Competia-lhe assegurar que o motorista cumpria a velocidade estabelecida no Código da Estrada. À velocidade legal provavelmente não teria havido acidente, pois teria tido tempo e espaço para parar a viatura.
Com tudo o que saiu na comunicação social o ex-ministro Azeredo Lopes tem muitas responsabilidades com o que aconteceu na história do roubo do material de guerra de Tancos.
O primeiro-ministro António Costa está arrependido de se ter demitido, pois lembra-se do que aconteceu ao primeiro-ministro José Sócrates, quando se demitiu, em 2011, por causa do chumbo do PEC 4 no Parlamento. O Partido Socialista acabou por perder as eleições legislativas.
O Partido Socialista bateu no fundo em termos de ética e integridade na política. Depois de tudo o que aconteceu nos últimos oito anos e de a maioria absoluta do PS ter implodido por indecente e má figura, com a demissão do primeiro-ministro António Costa, por questões judiciais e ter sido encontrado no Palácio de São Bento, residência oficial do primeiro-ministro, 75 mil euros em dinheiro vivo, o Partido Socialista vai ser fortemente penalizado e perder as eleições legislativas, independentemente do candidato que tiver.
Se o PSD fizer uma coligação pré-eleitoral com o CDS/PP, com o PPM e com independentes, o PS vai ter um dos piores resultados de sempre, comparável ao que teve José Sócrates, em 2011, depois da bancarrota socialista em que teve 28% dos votos. Pode até descer abaixo disto se for Pedro Nuno Santos a concorrer pelo PS, se a abstenção for baixa e se os portugueses resolverem fazer uma limpeza ética e política, terminando com o ciclo do socialismo.
António Costa nem no seu último discurso na Assembleia da República deixou de mentir, reescrever a história e falar da narrativa alternativa dos socialistas dos últimos oito anos. Portugal esteve de “joelhos numa posição subserviente” por causa da bancarrota socialista e dos mercados financeiros terem deixado de nos emprestar dinheiro. O que nos valeu foi pertencermos à União Europeia.
António Costa radicalizou o seu discurso e aliou-se a comunistas e bloquistas porque precisava deles para chegar ao poder e ser primeiro-ministro, mas também porque acredita nas medidas ideológicas, acordadas com o PCP e o BE, que foram implementadas pelos governos socialistas desde 2016.
António Costa não fez mais do que copiar o exemplo de Jorge Sampaio que, nas eleições autárquicas de 1989, criou a geringonça entre PS, PCP, PEV, PSR e UDP para ganhar as eleições a Marcelo Rebelo de Sousa para a Câmara Municipal de Lisboa e criar as condições para mais tarde, em 1996, ser eleito Presidente da República sem outros candidatos da esquerda.
Se António Costa tivesse idade para votar, em 1976, muito provavelmente teria votado em Otelo, como fez Jorge Sampaio.