Em Portugal, o número de estrangeiros em 2022 era de 800 mil – o dobro de há dez anos. Os números são do estudo “população estrangeira e dos fluxos migratórios em Portugal”, que acrescenta que um em cada três vive em risco de pobreza e já foi atribuída nacionalidade a meio milhão nos últimos 15 anos.
No ano passado, “entraram em Portugal 118 mil imigrantes, o valor mais alto desde que há registo”, tendo saído 31 mil para fora, “menos 23 mil (- 43%) do que o registado no ano marcado pelo maior número de saídas, em 2013”, refere o estudo, publicado esta segunda-feira, na sequência do Dia Internacional das Migrações, hoje assinalado.
Assim, 76% dos estrangeiros são originários de países extracomunitários, que apresentam uma taxa de desemprego mais do dobro da média nacional, ganhando, em 2021, uma estimativa de “menos 94€ mensais do que a média nacional”.
Em Portugal, viviam no ano passado 798.480 cidadãos estrangeiros em situação legal ou em regularização pelos serviços, representando 7,6% do total da população.
“Nos últimos 15 anos, a nacionalidade portuguesa foi atribuída a cerca de meio milhão de estrangeiros (468.665), residentes e não residentes em Portugal”, refere o Pordata.
“As nacionalidades mais representativas em Portugal são a brasileira (29,3%), britânica (6%), cabo-verdiana (4,9%), italiana (4,4%), indiana (4,3%) e romena (4,1%)”, diz ainda o relatório.