Ano Novo. Turismo com bons números

Está tudo pronto para a última noite do ano e os turismos de todo o país só têm motivos para estar satisfeitos. Os números superam os do ano passado, muitos estão próximos ou até superam os de 2019 e ainda é preciso contar com as reservas de última hora

O final do ano está aí à porta. Para muitos é tempo de festa e de viagem e o turismo nacional, de norte a sul do país, só tem motivos para sorrir. As taxas de ocupação mostram valores interessantes, superiores a anos anteriores e a expectativa é que aumentem uma vez que as reservas last minute são cada vez mais uma tendência. 

Algarve

No Algarve as «expectativas são positivas», garante André Gomes, presidente do Turismo do Algarve, adiantando que, através do feedback que tem tido por parte de alguns hoteleiros da região e das associações representativas do setor, as reservas para a época das festas – Natal e Ano Novo – mostram um final do ano «condizente com aquilo que tem sido um crescimento em termos de todos os indicadores do desempenho do setor aqui da região que será uma confirmação daquilo que foi um muito bom ano turístico que vamos acabar por ter em 2023».

Apesar de ainda ser cedo para avançar com um número certo de taxas de ocupação, André Gomes relembra que «há um fator em particular que influencia bastante» que são as reservas de última hora. E as condições climatéricas também darão uma ajuda. O responsável pelo turismo do Alentejo diz que a época baixa já mostrou bons números ­– em alguns meses crescimentos acima dos dois dígitos –  e que esses crescimentos «felizmente têm-se verificado e veio a constatar-se no final do ano, inclusivamente nos meses de novembro e dezembro».

Questionado sobre se será melhor ou pior que o ano passado, André Gomes não tem dúvidas: «Esperamos que seja melhor, tendo em conta até o que tem sido a retrospetiva dos últimos meses que temos tido sempre um crescimento superior ao do ano passado e, em muitos dos casos, até superior àquele que foi registado em 2019 e estamos em crer que que esta vaga vai permanecer até ao final do ano».

No que diz respeito a concelhos, André Gomes diz que todos proporcionam boas passagens de ano, com destaque para Albufeira,  «que já é um município que até historicamente tem sempre registos de níveis muito altos de participação por parte de residentes, turistas nacionais, turistas internacionais»  naquilo que são os eventos de fim de ano. Mas não só Albufeira como também Portimão, Loulé, entre outros, destacando ainda o setor hoteleiro «que também ele propicia também momentos inesquecíveis para todos os que vierem cá passar o fim de ano».

Já para as nacionalidades que mais vão rumar ao Algarve nesta última noite do ano, André Gomes dá destaque ao «principal mercado» que é o nacional mas também a ao mercado britânico, espanhol e o norte-americano que tem vindo a crescer. 

Alentejo

No caso do Alentejo, as perspetivas para esta passagem de ano são «as melhores» até porque «os portugueses preferem cada vez mais o Alentejo». Quem o garante é José Santos, presidente do Turismo do Alentejo, que admite que «o destino está numa dinâmica de crescimento, basta ver que nos primeiros dez meses do ano foi a região turística do país que mais cresceu na procura interna», diz ao Nascer do SOL. 

Sobre taxas de ocupação, José Santos diz que são «claramente melhor do que no ano passado», destacando que o preço é também mais alto. «Aliás o ADR (proveito por quarto) está a crescer este ano», diz o responsável, acrescentando que a operação no Litoral «está a correr bastante bem, Troia, Comporta, mas também mais a sul com Sines e Odemira. Évora já está praticamente vendida, mas ainda há quartos disponíveis para os adeptos do last minute».

José Santos diz-nos ainda que o turismo rural «também está com muita procura» e que as reservas «estão a crescer em Beja e em algumas zonas do Alto Alentejo». No global do destino, «contando só com a oferta hoteleira e turismo rural,  teremos uma ocupação à volta de 75%, as previsões à data de hoje apontam para isso», atira.

A nível de nacionalidades, «os portugueses predominam na ocupação vendida. Mas temos também espanhóis, brasileiros e norte-americanos».

Centro

«Temos excelentes perspetivas para o Ano Novo, assim como para o Natal».  A garantia é dada pelo presidente do Turismo do Centro, Raul Almeida. «Há grande otimismo e confiança entre os responsáveis dos empreendimentos hoteleiros da região para este período festivo, na sequência do enorme aumento da procura ao longo de todo o ano», diz, acrescentando que é de sublinhar «que este vai ser o melhor ano de sempre para a atividade turística na região».

Destacando que as taxas de ocupação vão ser substancialmente melhores este ano, Raul almeida diz que «cerca de metade dos hotéis da região» que responderam ao inquérito do Turismo do Centro «disseram que vão estar lotados ou muito perto disso na noite de fim de ano, com maior incidência de hotéis lotados na sub-região Beiras e Serra da Estrela», garantindo que «o apelo da Serra da Estrela é muito evidente na passagem de ano». Feitas as contas, até agora, a taxa e ocupação média na noite de fim de ano vai ser de 70%. «A taxa de ocupação média de três noites, entre 29 e 31, é também muito significativa, de 55%». E acrescenta que a taxa de ocupação média no Natal, entre 22 e 25, «foi claramente positiva».

Por nacionalidades, o Centro espera «as habituais». Em primeiro lugar os visitantes nacionais, seguindo-se Espanha, França, Brasil, Alemanha, EUA e Reino Unido.

Porto e Norte

O mesmo entusiasmo vem do presidente do Turismo Porto e Norte que diz as perspetivas «são excelentes e a procura tem sido grande para a passagem do ano». Luís Pedro Martins diz que a região «é hoje um destino muito procurado nesta época do ano, fruto da sua diversidade, atratividade e também do investimento efetuado na programação e da promoção».

O responsável destaca que as taxas de ocupação «serão seguramente superiores ao ano de 2022», prevendo números a rondar os 75% a 90%. Já por nacionalidades, o mercado nacional lidera, seguido do mercado espanhol, francês, americano, alemão e brasileiro.