Com a escolha do novo secretário-geral, ficou definido que Pedro Nuno Santos será o candidato do PS a primeiro-ministro. Nesse sentido, as escolhas que os portugueses façam no próximo dia 10 de março, não se limitarão à opção entre diferentes partidos. Também significarão a validação do caminho escolhido desde 2015, ou a censura pelo triste estado da Nação. Mais do que votos, os portugueses darão o aval, ou exigirão o julgamento deste PS.
Em condições normais, não haveria razões para grandes dúvidas. Portugal marca passo, não se encontra uma única reforma digna desse nome, que se possa associar à liderança de António Costa e o balanço da governação mede-se por mais de 14 governantes substituídos em menos de dois anos, o colapso ao SNS, o caos na Escola pública, o fracasso em políticas tão importantes como a Habitação e Transportes, a par de valores recorde de carga fiscal sobre as empresas e as famílias, mesmo as mais desfavorecidas.
Claro que pelo caminho, não falta quem avalie os partidos e a política, como se de clubes se tratassem, num campeonato desportivo. Muitos continuarão a optar pelo PS, apesar de tudo e apenas porque sim.
Espera-se não obstante que aqui chegados, quando o descrédito das instituições democráticas atingiu níveis nunca antes registados e Portugal resvala para o fundo da lista dos países mais pobres da UE, uma maioria suficiente tenha o necessário sentido crítico para, votando, mudar o ciclo político e validando outra alternativa de centro-direita que devolva esperança, crescimento e prosperidade a Portugal e aos portugueses.
Noutro contexto, ficou também a saber-se que o partido Chega prepara uma moção de rejeição a um eventual governo do PSD. Esta posição esclarecedora é também da maior importância.
Para o que importa, fica assim claro que há um partido que se diz de Direita, mas antecipa que fará o que só interessa ao PS e à esquerda, fazendo cair, no que de si dependa, um outro governo, que não da área socialista.
Tenha-se noção, este filme já esteve em cena nos Açores e o resultado está à vista para quem o quiser ver. Depois de 8 anos de socialismo trágico no país e perto de 24 nesta Região Autónoma, é pela mão do Chega, que se coloca do lado do PS, da CDU e do BE, que se abrem portas à queda de governos de centro-direita e à manutenção ou regresso ao poder de governos de esquerda.
O Chega, na verdade, é presentemente o mais eficaz aliado funcional do PS. É bom que os portugueses pensem nisto, até porque depois, ninguém poderá dizer que foi ao engano no que seja.
Para o que importa, fica também demonstrado que à Direita, só o CDS-PP soma, com quadros credíveis, muita experiência política e previsibilidade, relativamente a um projecto alternativo à esquerda.
Nenhum voto ou mandato do CDS-PP servirá, direta ou indiretamente, para entregar o poder à esquerda outra vez.
Mais do que um compromisso, esta é uma certeza absoluta, que faz realmente toda a diferença.