O presidente russo enviou este sábado saudações natalícias e desejou feliz Ano Novo aos líderes de países aliados como a China, Índia, Turquia e outros da América Latina. Vladimir Putin ignorou os líderes dos países ocidentais hostis.
De acordo com a informação divulgada pelo Kremlin, Putin acusa o ocidente de aprovar milhares de sanções contra o seu país e de fornecer enormes quantidades de armas ao exército ucraniano com o único objetivo de conseguir a “derrota estratégica” da Rússia no campo de batalha.
A única exceção entre os ocidentais foi o primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán, com quem o presidente russo se compromete na sua mensagem a prosseguir uma cooperação construtiva e pragmática no interesse dos dois povos.
Na mensagem para o líder chinês, Xi Jinping, Putin sublinha que as cimeiras de Moscovo e Pequim representaram um “forte impulso” para o desenvolvimento das relações bilaterais, permitindo-lhes ultrapassar este ano os 200 mil milhões de dólares (cerca de 180 mil milhões de euros) em trocas comerciais.
No caso da Turquia, o líder russo destaca os grandes projetos conjuntos nos domínios da energia e das infraestruturas e a cooperação na resolução de conflitos. Para 2024, defende a continuação do diálogo político com o presidente turco Recep Tayyip Erdogan, em prol da estabilidade e da segurança no continente euroasiático.
Putin dirigiu-se também ao presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, a quem manifestou a confiança em que ambos os países coordenem posições, quer no âmbito do grupo BRICS, quer no G20, que no próximo ano serão presididos por Rússia e Brasil.
Ainda na América do Sul o líder do Kremlin sublinhou “o nível elevado” das relações de amizade com a Venezuela – o presidente Nicolás Maduro visitará a Rússia no próximo ano – e defendeu também o desenvolvimento “frutuoso” da cooperação com a Nicarágua e a Bolívia, em mensagens dirigidas aos seus líderes, Daniel Ortega e Luis Arce.
Putin felicitou também o líder cubano, Miguel Díaz-Canel e o general Raúl Castro pelo Natal e pelo Dia da Libertação, que se celebra anualmente na ilha a 01 de janeiro, defendendo o desenvolvimento das suas relações no interesse de “uma ordem mundial democrática e justa”.
De acordo com o Kremlin, Vladimir Putin também enviou saudações de Natal ao Papa Francisco e a antigos líderes ocidentais, como o francês Nicolas Sarkozy e o alemão Gerhard Schröder.