2023 está a chegar ao fim, vamos entrar num Novo Ano, 2024, é sempre um momento em que renovamos a esperança.
Este ano que passou deixou-nos as experiências do caminho que percorremos em conjunto. Um caminho de união, de solidariedade e de conjugação de esforços. Temos de continuar a ter essa capacidade de não perdermos esse capital humano que conquistámos todos, todos, todos.
O Estado, seja a nível nacional ou local, está confrontado com desafios de grande dimensão e intensidade, os seus líderes são convocados a darem o exemplo e a população a viver grandes dificuldades, corre o risco de perder a esperança e um país sem esperança é um país sem futuro.
Cascais tem uma identidade de humanismo e de universalismo que é evidente na tolerância, na abertura ao mundo e na solidariedade para com o próximo, que cada cidadão do nosso concelho mostra a todo o tempo e que fez de nós um destino e uma aspiração para os homens e mulheres do mundo.
Como eu sempre garanti, o nosso município ergueu nos últimos tempos um Estado Social Local complementar ao nacional, mais robusto, proteção para todos os que se encontrem em dificuldades. Nacionais ou estrangeiros, refugiados do Afeganistão, da Síria, da Ucrânia ou vizinhos do outro lado da rua. Porque mais apoio de circunstância e em condições extremas para uns nunca significou perda de apoios de longo prazo para outros. Somos uma sociedade solidária que encontra um sentido e um propósito quando não deixamos nenhum dos nossos para trás.
O comportamento cooperativo e colaborativo é fundamental para as relações humanas e para a vida em sociedade. Um exemplo disso é a mobilização das pessoas diante das grandes tragédias. Este grande movimento só é possível num ambiente gerador de confiança. A confiança é o ativo maior que qualquer líder tem que preservar. Uma comunidade sem confiança nas suas lideranças radicaliza-se e desenvolve o extremismo, sentimentos que só pioram, e muito, a capacidade de se desenvolverem de forma sustentável.
Num tempo de escolhas difíceis. As pessoas esperam, legitimamente, que as suas lideranças lhes apontem um caminho, lhes induzam esperança, ajam sobre os problemas e mostrem empatia e compreensão pelas dificuldades do cidadão comum. Penaliza-se menos uma liderança que erra ao tentar do que aquela que ao tentar fazer tudo bem se esconde, se afasta e finge que os problemas se resolvem com declarações bem-intencionadas.
Com firmeza nos princípios e determinação na ação, temos de ser capazes de ultrapassar as dificuldades que se erguem à nossa frente e emergir da crise mais competitivos e solidários.
Faço votos para que consigamos prolongar por todo o ano de 2024 este mesmo espírito de comunidade unida, solidária e ativa.
A todos os leitores e colaboradores do Nascer do SOL deixo os meus votos de um 2024 com saúde, felicidade e prosperidade.