Presidente do Irão promete vingança

Raisi sublinhou que o “o inimigo quis cometer outro crime na região depois da criação do usurpador e falso regime israelita e depois de 75 anos de opressão do povo palestiniano”, acusando esses “inimigos” de criarem o grupo terrorista Estado Islâmico.

O presidente do Irão prometeu esta sexta-feira que as Forças Armadas do país vão vingar-se dos responsáveis pelos ataques realizados na quarta-feira. Os atentados mataram mais mais de 80 pessoas e foram reivindicados pelo Estado Islâmico.

“Estejam certos de que hoje a iniciativa está nas mãos das nossas forças poderosas. A hora e o local da vingança contra o inimigo serão determinados por nós”, disse Ebrahim Raisi, perante milhares de pessoas reunidas para participar nos funerais do atentados. 

Os ataques aconteceram quarta-feira, quando milhares de pessoas participavam nas cerimónias de homenagem ao tenente-general Qassem Soleimani, morto em 2020 no Iraque num ataque dos EUA. 

“Os inimigos sabem muito bem que o Irão é poderoso”, afirmou o chefe de Estado iraniano, acrescentando que “os inimigos já viram o poder da República Islâmica e experimentaram-no muitas vezes”.

Raisi sublinhou que o “o inimigo quis cometer outro crime na região depois da criação do usurpador e falso regime israelita e depois de 75 anos de opressão do povo palestiniano”, acusando esses “inimigos” de criarem o grupo terrorista  Estado Islâmico.

O presidente do Irão  elogiou Soleimani, chefe da Força Quds, uma unidade especial da Guarda Revolucionária, que morreu no Iraque,  num ataque dos EUA, ordenado pelo então presidente norte-americano, Donald Trump, a 3 de janeiro de 2020. 

“Qasim fez um excelente trabalho e destruiu o inimigo”, destacou o líder iraniano, referindo-se ao papel do chefe da Força Quds na ofensiva iraquiana contra os ‘jihadistas’, apoiada por milícias pró-iranianas integradas nas Forças de Mobilização Popular.

O discurso de Raisi abordou também Israel, garantindo que aquele país está desesperado.

“O regime sionista, armado até aos dentes com o apoio das potências ocidentais, está desesperado depois de 100 dias a enfrentar as forças de resistência, que não têm força aérea ou marinha e contam apenas com forças terrestres limitadas”, disse.

“O fim da operação ‘Inundação de al-Aqsa’ [nome oficial dado pelo grupo terrorista Hamas aos ataques de 7 de outubro contra Israel] — significará também o fim do regime sionista”, afirmou presidente iraniano.