Para o ex-presidente da EDP, António Mexia, “o futuro é elétrico”, em que a eletricidade vai ter “um papel cada vez mais importante”. Mas para isso, defende que vai ser necessário mais do que duplicar o investimento feito, referiu numa palestra no Taguspark dedicada ao tema ‘Liderança na Energia – Mitos e Realidades’.
E apesar de admitir que 80% do investimento das renováveis terá de ser feito pelo setor privado, o setor público também terá um papel a desempenhar neste processo, nomeadamente, nomeadamente no que diz respeito ao “enquadramento necessário para atrair o investimento”, referindo que a capacidade de garantir o financiamento passa por levar a cabo um conjunto de decisões múltiplas e interligadas.
E não hesita: “As decisões para capturar o enorme potencial da transição energética, num cenário de enorme concorrência internacional exigem ambição, antecipação, inovação, capacidade de execução, parcerias e cooperação totalmente dependentes da capacidade de liderança pública e privada”, acrescentando que o caminho para neutralidade carbónica em 2050 “é hoje ainda mais estreito e depende de ações muito disruptivas desde já e nos próximos 20 anos”.