A taxa de inflação abrandou para 1,4% em dezembro, de acordo com os dados finais divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Já no acumulado do ano, a inflação média situou-se em 4,3%, abaixo dos 7,8% registados em 2022, confirmou o gabinete de estatística.
“A taxa de variação homóloga do IPC total evidenciou uma trajetória de descida ao longo do ano, destacando-se os meses de abril e maio, com abrandamentos de 1,7 pontos percentuais (p.p.)”, diz o INE, acrescentando que “a desaceleração do IPC verificou-se na maioria das categorias de produtos, refletindo o efeito base associado ao aumento de preços em 2022, a diminuição dos preços dos bens energéticos e a isenção do IVA aplicada a alguns bens alimentares essenciais a partir de maio”.
Inflação volta a cair nos países da OCDE
Já nos países que compõem a OCDE, a inflação, medida pelo Índice de Preços no Consumidor (IPC), diminuiu pelo terceiro mês consecutivo, de 5,6% em outubro para 5,4% em novembro.
As quedas da inflação entre outubro e novembro foram registadas em 28 países da OCDE, o mesmo número que entre setembro e outubro.
Contudo, a queda da inflação global foi menos pronunciada do que no mês anterior. Nos Países Baixos, na Dinamarca e na Bélgica, a inflação global aumentou novamente após um período de descida. Já a inflação subjacente (inflação menos produtos alimentares e energéticos) continuou a diminuir ligeiramente, de 6,5% em outubro para 6,3% em novembro, o seu nível mais baixo desde abril de 2022.
A inflação alimentar na OCDE continuou a abrandar a um ritmo semelhante ao dos meses anteriores, “mas caiu mais rapidamente do que a inflação global”. A inflação alimentar atingiu 6,7% no mês em análise, face aos 7,4% de outubro, com descidas em 34 países da OCDE.
Novembro marcou o sétimo mês consecutivo de inflação energética negativa na OCDE. Foram registadas diferenças significativas entre os países da OCDE: a inflação da energia excedeu 20% em termos anuais na República Checa e Colômbia, enquanto os preços da energia caíram mais de 20% em termos anuais na Bélgica, Países Baixos, Itália e Dinamarca.