Um míssil atingiu esta terça-feira um cargueiro grego ao largo da costa do Iémen. Na véspera de um ataque semelhante a um navio norte-americano foi reivindicado pelos rebeldes xiitas iemenitas houthis.
A informação foi avançada pela empresa de segurança britânica Ambrey e confirmada pelos serviços de operações de comércio marítimo do Reino Unido (UKTMO). O UKTMO comunicou um “incidente” a 100 milhas náuticas da localidade de Salif, no Iémen, sem dar mais pormenores.
A Ambrey precisou que o navio, com pavilhão maltês mas de propriedade grega, “foi atingido por um míssil enquanto cruzava o sul do mar Vermelho em direção ao norte”, acrescentando que a embarcação tinha prosseguido a sua rota.
O lançamento deste míssil ainda não foi reivindicado, mas os indícios apontam para os houthis, que assumiram entretanto a autoria de um ataque contra um porta-contentores dos EUA que atravessava o Golfo de Aden.
Os houthis afirmam que os recentes bombardeamentos norte-americanos e britânicos que visaram as suas posições militares terão “uma resposta inevitável”.
O porta-voz dos Houthis tinha confirmado que estes continuarão a realizar ataques no Mar Vermelho e no Golfo de Aden contra navios propriedade de Israel ou que se dirijam a um porto israelita “até que a agressão cesse e o cerco ao povo palestiniano seja levantado” na Faixa de Gaza.
Segundo a empresa britânica, o navio dirigia-se para o Canal do Suez. Este navio e outros pertencentes à mesma frota têm feito escala em Israel.
Em resposta aos ataques houthis no Mar Vermelho, através do qual navega cerca de 15% do comércio marítimo global, os EUA e Reino Unido iniciaram na semana passada uma campanha de bombardeamentos contra posições militares houthis.
Nas últimas semanas, muitas empresas de navios optaram por evitar o Mar Vermelho — um ponto vital para o comércio entre a Ásia e a Europa — devido aos ataques dos houthis, dos rebeldes iemenitas pró-iranianos e aliados do grupo terrorista palestiniano Hamas.