O ex-treinador do FC Porto deu o pontapé de saída para o difícil desafio que é vencer Pinto da Costa nas eleições para a presidência do FC Porto, e terminar com um ciclo de 42 anos de vícios privados e públicas virtudes, como se tem visto nos últimos tempos.
A apresentação da candidatura contou com 800 convidados, entre os quais os ex-jogadores e campeões europeus pelo clube Jorge Costa, Maniche, Nuno Valente e Sousa, o empresário Joaquim Oliveira e a família de José Maria Pedroto, entre outros. Nomes muito significativos e que mostram o caráter abrangente de uma candidatura que «quer cortar com o ‘status quo’ existente, onde impera o medo e não se pode exprimir livremente o que se pensa sem ser ameaçado ou censurado», como frisou Villas-Boas.
A situação financeira e algumas más práticas levaram Villas-Boas a avançar mais cedo do que esperava, e com um discurso duro: «Depois de gerar 2,9 mil milhões de euros de receitas nos últimos 20 anos, hoje temos um clube incapaz de acautelar a sua responsabilidade», afirmou o candidato. «Vive agarrado, por gratidão, a uma gestão sem rumo e sem nexo e com inúmeros jogadores a sair a custo zero», apontou. E prosseguiu: «A falta de transparência instalou-se, com preocupantes conflitos de interesse. É essencial implementar uma séria de medidas de gestão que permitam restaurar o equilíbrio financeiro».
Villas-Boas disse ainda que vai apostar no futebol feminino sénior, criar condições para ter futsal no clube e ter uma relação de transparência com os sócios. O seu discurso está a incomodar muita gente e a conta de Instagram da candidatura de Villas-Boas foi abaixo devido ao elevado número de denúncias feitas pelos utilizadores. Recorde-se que André Villas-Boas continua a ter proteção permanente por parte da PSP face à existência de ameaças à sua integridade física.