Greve geral de jornalistas aprovada por unanimidade

O Sindicato dos Jornalistas ficou mandatado para definir a data da paralisação

Os jornalistas reunidos no Congresso de Jornalistas aprovaram este domingo, por unanimidade, uma greve geral. O Sindicato dos Jornalistas ficou mandatado para definir a data da paralisação.

A moção que propunha a greve geral foi aprovada esta tarde, nos momentos finais do Congresso do Jornalismo. Os congressistas aclamaram e aplaudiram a decisão da greve geral.

É cada vez maior “a gravidade das condições de exercício do jornalismo em Portugal”, com os jornalistas sujeitos a baixos salários, precariedade, forçados a longos turnos, pressionados e por vezes até agredidos, pelo que considera que “num momento muito grave para o jornalismo” são precisos “gestos consentâneos”, lê-se na moção. 

“O momento é aqui e agora. Temos de parar. Simplesmente parar. Exigir que finalmente nos ouçam. Deixar de dar notícias, de fazer diretos, abandonar as redações, as conferências de imprensa e as ações de campanha. Não metemos jornais nas bancas, não damos notícias nas rádios, não transmitimos o telejornal, não publicamos nas redes sociais. Mostremos o quão necessário é o nosso trabalho. Caminhemos juntos sem deixar ninguém para trás”, acrescenta o texto, citado pela agência Lusa. 

A greve geral ser durante a campanha eleitoral, como previa a moção, foi alvo de debate pelos congressistas, pelo que foi decidido que será o Sindicato dos Jornalistas a determinar a data e convocar a greve geral.