A Convenção da AD foi um sucesso. Não só pela presença de muitas figuras ligadas à AD, que estavam afastadas da política, a participação de muitos independentes com reconhecido mérito na sociedade e também pelas intervenções de todos os oradores.
Gostava de destacar as intervenções de Nuno Melo, Paulo Portas, Carlos Moedas e Luís Montenegro.
Nuno Melo referiu o óbvio que a AD só viabilizará um governo da AD, pois é a AD que vai ganhar as eleições. Mostrou que algumas propostas do Bloco de Esquerda são idênticas às do Chega, com este partido ainda a prometer mais e mais!
Paulo Portas vincou as diferenças claras que existem entre os dois projectos da AD e do PS o que favorece a bipolarização entre o centro-direita e a esquerda aliada à extrema-esquerda.
Carlos Moedas deu o seu exemplo, na Câmara Municipal de Lisboa, ao mostrar o que já foi capaz de fazer em dois anos o que os socialistas não fizeram em 16 anos, na habitação, nos apoios aos jovens e aos idosos, no apoio em exames médicos às pessoas carenciadas e no apoio à criação de unicórnios.
Luís Montenegro fez a sua melhor intervenção, com garra, com emoção e com a razão. A sua intervenção, muito bem estruturada, além de criticar o estado lastimoso que os socialistas deixam os serviços públicos na saúde, na educação e na habitação, apresentou um conjunto de propostas inovadoras, algumas pela primeira vez, para resolver os problemas gravíssimos que os portugueses sentem.
A presença de Santana Lopes, que foi a surpresa da Convenção, contrariou a central de propaganda socialista, em relação à falta de experiência governativa de Luís Montenegro, ao lembrar que Passos Coelho quando foi nomeado primeiro-ministro também não tinha experiência governativa, como secretário de estado ou ministro. No entanto, veio a revelar-se um Estadista ao conseguir resgatar Portugal da bancarrota socialista dos governos de José Sócrates.
Já o ex-Presidente e ex-primeiro-ministro Cavaco Silva tinha referido, no Congresso do PSD, que Luís Montenegro está mais bem preparado do que ele estava quando foi nomeado primeiro-ministro.
É curioso que os jornalistas, à entrada e à saída, só estavam preocupados com coisas sem importância, que pensavam podiam embaraçar os lideres da AD:
– a ausência de Passos Coelho. Como se ele não vá aparecer quando Luís Montenegro entender que é mais oportuno. O povo da AD tem uma dívida de gratidão a Pedro Passos Coelho e ele dará o seu contributo para a vitória da AD e para desmascarar os oito anos de empobrecimento dos socialistas. Servirá também para levar o eleitorado do centro-direita a preferir votar na AD e não noutros partidos;
– com o almoço, no sábado, de Passos Coelho com Rui Rio, Paulo Mota Pinto e o juiz Carlos Alexandre, como se fosse uma conspiração contra a direcção de Luís Montenegro. O mais natural, até pela presença de Paulo Rangel nesse almoço, é Passos Coelho estar a unir todas as sensibilidades dentro do PSD;
– a deturpação de André Ventura sobre o que tinha dito Nuno Melo, que deve governar quem ganha as eleições. Como é a AD que vai ganhar as eleições a AD viabilizará um governo da AD. Ponto final!
Nunca vi a mesma insistência dos jornalistas a confrontarem o primeiro-ministro António Costa e o ex-ministro Pedro Nuno Santos sobre as mentiras que dizem, a deturpação dos factos que fazem, não assumirem as responsabilidades pelas decisões que tomam e a incompetência que manifestam na gestão da causa pública.
Qual a credibilidade que Pedro Nuno Santos tem e a confiança que pode dar aos portugueses perante tanta incompetência como ministro?
Engenheiro civil