Discussão sobre exploração infantil nas redes sociais leva Zuckerberg a pedir desculpa a vítimas

Muitos jovens lidam com vários problemas graves nas redes sociais, como é o caso de predadores sexuais, recursos viciantes, suicídio e transtornos alimentares, padrões de beleza irrealistas ou assédio moral, e as empresas não estão a fazer o suficiente. 

Dirigentes de algumas das redes sociais mais famosas do mundo, como a Meta, que detém do Facebook, ou ainda o TikTok e X (ex-Twitter) testemunharam no comité judiciário do Senado dos Estados Unidos, na sequência dos efeitos das redes sociais em crianças e jovens, e Mark Zuckerberg pediu desculpa a famílias de vítimas. 

 
De acordo com os legisladores, citados pela imprensa norte-americana, os muitos jovens lidam com vários problemas graves nas redes sociais, como é o caso de predadores sexuais, recursos viciantes, suicídio e transtornos alimentares, padrões de beleza irrealistas ou assédio moral, e as empresas não estão a fazer o suficiente. 

“Eles são responsáveis por muitos dos perigos que nossos filhos enfrentam ‘online’”, disse Dick Durbin, da maioria democrata no Senado dos EUA, que preside ao comité, no seu discurso de abertura. “Suas escolhas de ‘design’, suas falhas em investir adequadamente em confiança e segurança, sua busca constante por aliciamento e lucro em detrimento da segurança básica colocaram nossos filhos e netos em risco”, acrescentou. 

Mark Zuckerberg, CEO da Meta, esteve presente na sessão, e foi questionado pelo senador republicano do Missouri Josh Hawley se compensou pessoalmente alguma das vítimas e suas famílias. “Acho que não”, respondeu Zuckerberg, tendo, depois, pedido desculpa às famílias de vítimas de exploração nas redes sociais que estavam presentes.  

Recorde-se que a Meta está a ser processada por dezenas de estados norte-americanos, alegando que a empresa projeta recursos no Instagram e no Facebook que viciam crianças nas suas plataformas e não conseguiu protegê-las de predadores ‘online’.